Inflação deve fechar 2016 em 6,49%, estima Banco Central

Projeção para o PIB é de queda de 3,48%. Já em 2017 as instituições financeiras estimam crescimento de 0,58% para economia do Brasil

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Inflação deve fechar 2016 no teto da meta, em 6,49% , aponta Banco Central

Instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) acreditam que a inflação fique dentro do teto da meta este ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 6,52% para 6,49%, sendo essa a sexta queda consecutiva da estimativa. A meta de inflação é 4,50% e limite superior de 6,50%.

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Para 2017, as instituições ouvidas pelo Banco Central, estimam que o IPCA deve seguir em 4,90%. A meta de inflação para o próximo ano é 4,5%, com teto em 6%.

A projeção de instituições financeiras para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, permanece em 3,48%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi alterada de 0,70% para 0,58%, em sua nona redução consecutiva.

Selic

Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da taxa básica de juros, a Selic. Nas suas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano.

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Para as instituições financeiras que participam do Boletim Focus, a Selic encerrará 2017 em 10,50% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

Câmbio

O Boletim Focus apontou ainda que a perspectiva do mercado financeiro é que a taxa de câmbio fique em R$ 3,38. Na projeção anterior a estimativa era de R$ 3,39. Já para 2017, a previsão dos economistas ouvidos pelo Banco Central apontou uma leve alta da cotação da moeda estrangeiram, passando de R$ 3,45 – segundo a última projeção do BC),  para R$ 3,49 agora.

Para a balança comercial  – resultado do total de exportações menos as importações —  este ano permaneceu em US$ 47 bilhões de resultado positivo. Para 2017, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit ficou estável em US$ 45 bilhões.

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