Mercado financeiro projeta inflação em 6,52% este ano
Já a perspectiva para 2017 também foi ajustada para baixo, ao passar de 4,93% para 4,90%. A meta de inflação para o próximo ano é 4,5%, com teto em 6%
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Já a perspectiva para 2017 também foi ajustada para baixo, ao passar de 4,93% para 4,90%. A meta de inflação para o próximo ano é 4,5%, com teto em 6%. Na opinião do presidente do Banco Central , Ilan Goldfjan, a inflação tem surpreendido favoravelmente. “É verdade que há sinais de uma pausa na margem, na desinflação de alguns componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária [decisões sobre a taxa básica de juros]. Todavia, surpresas positivas na inflação e a fraqueza na atividade tornam mais provável a retomada do processo de desinflação desses componentes”, disse.
Na sexta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação, medida pelo IPCA, ficou em 0,18% em novembro, abaixo do 0,26% do mês anterior. Essa também é a menor taxa para meses de novembro desde 1998. Em 12 meses, o IPCA acumula 6,99%, bem abaixo dos 7,87% de outubro.
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Selic
Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da taxa básica de juros, a Selic. Nas suas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano.
Para as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central para a produção do Boletim Focus, a Selic encerrará 2017 em 10,50% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Recessão
A projeção de instituições financeiras para a queda da economia Produto Interno Bruto (PIB) este ano, piorou ao passar de 3,43% para 3,48%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi alterada de 0,80% para 0,70%, na oitava redução consecutiva, segundo o Banco Central.
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