Balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou que as vendas de automóveis tiveram alta de 12% em novembro, na comparação com o mês anterior, outubro. Já na comparação anual – novembro de 2015 com o mesmo período de 2016 – a entidade apurou queda de 8,7%.
Em novembro do ano passado, foram vendidas 195,2 mil unidades, enquanto no mesmo período deste ano o total ficou em 178,2 mil. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, 1,846 milhão de unidades foram vendidas, o que apresenta retração de 21,2% em relação a igual período de 2015, segundo a Anfavea .
+ Consórcio: vendas de novas cotas caem 6,7% entre janeiro e outubro
O número chega próximo ao que foi vendido em 2006, período em que foram comercializados 1,723 milhão unidades. Em 10 anos, o pico de vendas ocorreu em 2012, quando foram vendidas 3,443 milhões de unidades. As exportações contribuíram com as vendas no último mês. Foram vendidas 57,1 mil unidades para o exterior. Em comparação ao ano passado, houve um aumento de 56,4% nas exportações de carros.
Investimentos em alta
Mesmo com a redução nas vendas, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, afirmou que os investimentos no setor continuaram, mesmo com a recessão econômica pela qual o País passa. “Mesmo com o mercado bastante retraído, principalmente, na área de caminhões, nós tivemos recentemente o anúncio de uma empresa [Man Latin America] que investirá na ordem de R$ 1,5 bilhão em nossos produtos até 2021”.
Megale informou ainda que as montadoras estão confiantes com o futuro do setor no Brasil. “É um esforço importante que as empresas têm feito para apresentar os veículos para novos mercados, este ano temos já alguns países que estão recebendo nosso produto pela primeira vez, ainda pouco, mas isso mostra que esse esforço de abertura de mercado tem dado resultado”, destacou ele.
Produção de veículos
O balanço da Anfavea apontou que a produção de automóveis em novembro registrou alta de 22,4% em relação a outubro. “Este foi o melhor mês de produção desde agosto de 2015”, ressaltou o presidente da entidade ao que completou. “No acumulado chegamos ao nível de 2004, mas vem mostrando crescimento importante no último mês, em dezembro devemos ter produção também acima das 200 mil unidades”, afirmou.
+ Produção de veículos tem queda de 17,7% no ano, aponta Anfavea
Caminhões
A venda de caminhões em novembro também teve alta no País. No período, foram vendidas 3,8 mil unidades, o que representa um aumento de 10,3% sobre outubro. Na comparação com o mesmo mês de 2015, no entanto, houve recuo de 19,7%. No acumulado de janeiro a novembro, a retração foi ainda maior, com queda de 30,5% no período analisado pela Anfavea. “Nitidamente continua refletindo a economia retraída no mercado de caminhões, se a gente observar de janeiro a novembro a média de vendas está em 4,2 mil unidades mensais, ainda um número baixo”, disse o vice-presidente da entidade, Marcos Saltini.
O vice-presidente ressaltou, porém que houve alguns picos de vendas durante o ano. “Fechamos o mês de junho com 4,6 mil unidades, parecia que o mercado ia retomar, mas em agosto e setembro houve queda. Recuperamos um pouco em relação a outubro, com a grande maioria de vendas de caminhões pesados”.
Máquinas
As vendas de máquinas agrícolas caíram em novembro. A retração em relação a outubro foi de 25,2%. Segundo o presidente da Anfavea, o recuo é esperada para o período em função da sazonalidade. Apesar disso, o setor comemora o resultado do acumulado nos últimos 12 meses, destacou Megali. Nesse período foi registrado um aumento de 61,3% nas vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias.
O executivo destacou que o agronegócio ainda tem muito espaço para evoluir. “Este ano, as commodities agrícolas estão num preço razoável, acho que vamos ter boas safras”.
Emprego
Quanto aos empregos no setor, houve ligeira queda de 0,3% em relação a outubro, segundo o balanço da Anfavea. Ante o mesmo mês de 2015 foi constatada uma retração de 6,2%, com a ocupação de 123,3 mil postos de trabalho na indústria automobilística.
+ Vendas de carros novos sobem 5,6% em julho, mas caem 24,7% no ano