Após apresentar alta de 0,5% entre agosto e setembro, a produção industrial brasileira apresentou queda de 1,1% em outubro, na comparação com o mês de setembro. Já na comparação anual – outubro de 2015 – a queda chegou a 7,3%, sendo a trigésima segunda retração no indicador.
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Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apontou ainda que a produção industrial brasileira acumula perdas de 7,7% no ano e de 8,4% em 12 meses.
Na passagem de setembro para outubro, quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda, com destaque para os bens de capital, ou seja, as máquinas e equipamentos com retração de 2,2% no período. Os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados para o setor produtivo caíram 1,9%.
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Bens duráveis
Entre os bens de consumo, que são os produtos destinados ao consumidor final, considerados como bens duráveis recuaram 1,2% segundo o IBGE, enquanto os semi e não duráveis caíram 0,8% no período analisado.
Vinte das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção entre setembro e outubro de 2016, com destaque para os produtos alimentícios com retração de 3,1%, os veículos automotores com queda de 4,5% e o setor de borracha e plástico negativo em 4,9%.
Apenas quatro atividades industriais tiveram alta na produção: os derivados de petróleo e biocombustíveis com alta de 1,9%, os produtos de minerais não metálicos com 1,4%, produtos do fumo com 0,9% e os equipamentos de informática e eletrônicos que tiveram avanço na produção de 0,2%.
Média trimestral
Na série com ajuste sazonal apontada pelo IBGE nesta sexta-feira (2), a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria nacional apontou queda de 1,5% no trimestre encerrado em outubro de 2016. Na comparação frente ao nível do mês anterior, houve aceleração no ritmo de perda na produção industrial frente ao observado em setembro, que apresentou queda de,1% e agosto com retração de 0,7%, quando o indicador interrompeu três meses de resultados positivos consecutivos: maio que teve alta de 0,7%, junho com 0,7% e julho com incremento de 0,7%.
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