A Proteste - Associação de consumidores anunciou nesta quarta-feira (30) a criação de um novo serviço para ajudar os consumidores que estão inadimplentes. Com atendimento presencial em São Paulo e no Rio de Janeiro, a entidade quer reduzir o número de superendividados no País.
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Segundo a Serasa Experian, a região que concentra o maior índice de inadimplentes é a Norte, atingindo 31,1% da população, seguida pelo Centro-Oeste, com 26,4%. Em seguida, vem à região Sudeste com 24,5% e a Nordeste com 23,6%. O consumidor interessado em renegociar seus débitos deve agendar o atendimento presencial em uma das sedes da Proteste pelo e-mail [email protected] .
Para participar
A Proteste informará ao consumidor os documentos necessários a serem entregues no dia do atendimento e ressaltou que ele será feito no período da tarde, entre 14 e 17h30. Em nota, a Proteste informou que “com o atendimento pessoal será possível analisar individualmente a situação financeira, em relação às dívidas, para melhor orientar o devedor a gerir seu orçamento e quitar as pendências financeiras”.
No dia do agendamento o consumidor deve se dirigir a uma das unidades do órgão. Em São Paulo, na Rua Machado Bittencourt, 361, 6º andar, próximo ao metrô Santa Cruz e no Rio de Janeiro na Avenida Lúcio Costa, 6420, na Barra da Tijuca.
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Ainda segundo o órgão, o que leva o consumidor ao endividamento é a má percepção que ele tem sobre o crédito. Muitos acham que o crédito é renda e não uma obrigação financeira que requer pagamento de parcelas. “Sua oferta desordenada, bem como juros que chegam a mais de 1.000% ao ano, podem levar ao descontrole financeiro do consumidor e, consequentemente, ao seu superendividamento”, explicou em nota.
Pesquisa
O desemprego é o maior influenciador da inadimplência das famílias brasileiras. Pesquisa realizada pela Proteste, com 1.259 pessoas, identificou que enquanto em 2015 a proporção de famílias com alguém desempregado era de 55,60%, esse ano chegou a 67,40%.
Feita em agosto deste ano, a pesquisa concluiu que a situação financeira das famílias não melhorou em relação ao ano passado, sendo que 81,8% dos respondentes acreditam que está menos confortável (em relação às finanças) do que há um ano. Para 53,1% está muito menos confortável e para 28,7%, de alguma forma menos confortável. No ano passado esses números eram 52,3% e 30,4%, respectivamente.
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