Pela terceira vez consecutiva, instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a projeção da inflação. A estimativa, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,80% para 6,72%.
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A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) piorou passando de retração de 3,40% para 3,49%. Para 2017 ela também foi revista para baixo, deixando de crescer 1% para 0,98%, segundo instituições consultadas pelo Banco Central e divulgada nesta segunda-feira (28).
Para o próximo ano a projeção da inflação em 4,93% foi mantida, manutenção desse indicador acontece há duas semanas. Mas, as estimativas ultrapassam o centro da meta, que é de 4,5%. Já o teto da meta para este ano é de 6,5% e para 2017 de 6%.
Copom
Para este semana estão previstas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) – terça-feira (29) e quarta-feira (30). Nas datas será definida a taxa básica de juros, Selic. A expectativa é que o Copom dê continuidade ao ciclo de cortes na Selic, com redução da taxa dos atuais 14% ao ano para 13,75%. Para o final de 2017, a expectativa para a Selic é 10,75% ao ano. Caso o Copom decida por uma nova redução da Selic, ela será a segunda após quatro anos.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
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Outros indicadores
Ainda segundo o Boletim Focus, do Banco Central, a projeção para a taxa de câmbio este ano subiu de R$ 3,30 para R$ 3,35. Para 2017, instituições consultadas pelo BC estimam cotação de R$ 3,40.
A Balança comercial – resultado do total das exportações menos as importações – tem estimativa de recuo, passando de US$ 47,4 bilhões para US$ 47 bilhões em salto positivo. Para 2017 os economistas preveem superávit terá queda, passando de US$ 45 bilhões para RS$ 44. O Boletim Focus, do Banco Central, apontou ainda que os investimentos estrangeiros no Brasil este ano devem ficar em US$ 65 bilhões e para 2017, a estimativa é de US$ 70 bilhões.