Consumidor afirmou que pode deixar de pagar contas para festejar o final de ano e comprar presentes
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Consumidor afirmou que pode deixar de pagar contas para festejar o final de ano e comprar presentes

A primeira parcela do 13º chegando e o Natal bem próximo anima o consumidor a gastar. Mas pesquisa apurou que dois em cada 10 brasileiros, ou seja, 19,4% da população ficaram com o nome sujo após exageros no consumo no Natal do ano passado.  O indicador foi divulgado nesta terça-feira (22) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

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A explicação para o alto índice de endividamento segundo o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, está na compra por impulso e a intenção de agradar pessoas queridas. “É normal querer agradar os amigos e familiares e participar das comemorações, mas não se pode desconsiderar a própria realidade financeira. Na hora de ir às compras, o ideal é planejar bem as despesas e saber exatamente o quanto a pessoa pode gastar com presentes e festas”, explicou o educador.

 Vignoli afirmou ainda que outro vilão do descontrole financeiro do consumidor é a compra por impulso. Por isso, ele pede cautela aos consumidores no período. “É preciso evitar as aquisições feitas por impulso, que frequentemente levam ao desequilíbrio financeiro. O melhor presente é sempre aquele que cabe no bolso do consumidor”, alertou.

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A pesquisa realizada pelas entidades identificou ainda que 36,4% – ou quase quatro em cada 10 consumidores – que pretendem fazer compras de presentes neste Natal estão com contas atrasadas. Outro dado alarmante é que 4,2% dos respondentes da pesquisa afirmaram que vão deixar de pagar alguma conta para comprar presente, outros 3,9% disseram que vão atrasar o pagamento em razão das festas de Natal e 4,4% para poder comemorar o ano novo.

O SPC Brasil e a CNDL identificou que quem afirmou ter ficado inadimplente após as compras do Natal em 2015, 54% ainda está com o nome sujo. Dentre os que sabem dizer o valor das dívidas geradas com as festas e os presentes de Natal em 2015 e que acabaram levando à negativação (40,6%), o valor total chega a R$ 921,57, em média.

Intenção de compra

Mesmo com a atual conjuntura econômica, 16,4 % dos consumidores entrevistados pelas entidades afirma que é costume gastar mais do que podem no período. O parcelamento das compras, mesmo sendo um perigo segundo o educador financeiro José Vignoli, será usado por 58,2% dos consumidores neste final de ano. O percentual é maior do que os 52,4% apurados em 2015 os homens (63,9%) pertencentes às classes A e B (66,3%) são os mais propensos a parcelar as compras de Natal.

Outros 20,8% dos consumidores participantes da pesquisa do SPC Brasil e da CNDL afirmaram que, mesmo tendo condições de pagar à vista, preferem parcelar em diversas prestações para garantir uma sobra de dinheiro. Outros 41,8% disseram que só vão comprar se puderem pagar à vista. Mas, mesmo com o bom índice neste ano, em 2015 ele foi maior com 47,6% dos consumidores a afirmar que o pagamento dos presentes seria à vista.  

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