Revisado, crescimento do PIB de 2014 chega a 0,5% e atinge R$ 5,8 trilhões
O IBGE apurou também que o consumo das famílias brasileiras foi um dos fatores para o resultado positivos do PIB. Em 2014 o consumo cresceu 2,3% em relação a 2013
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (17) dados do Sistema de Contas Nacionais 2010-2014, com a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) apontam que em 2014 ele chegou a R$ 5,779 trilhões. Após a revisão feita pelo órgão ele passou de 0,1% para 0,5% no período quando comparado com o resultado de 2013.
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Já o PIB per capita fechou 2014 em R$ 28.498, queda de 0,4% em relação a 2013. Foi a terceira queda do indicador desde o ano 2000, com os recuos mais recentes ocorrendo em 2003 quando o PIB retraiu 0,2% e 2009 quando ficou negativo em 1,2%.
Consumo
O IBGE apurou também que o consumo das famílias brasileiras foi um dos fatores para o resultado positivos do PIB. Em 2014 o consumo cresceu 2,3% em relação a 2013. A participação da remuneração dos empregados no PIB continuou a crescer, passando de 43,2% em 2013 para 43,5% em 2014.
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Já a parcela do excedente operacional bruto, que é o valor adicionado bruto menos as remunerações dos empregados, o rendimento misto e os impostos líquidos de subsídios incidentes sobre a produção, no PIB inverteu a tendência de queda observada desde 2010, indo de 32,6% em 2013 para 33,1% em 2014. O saldo externo – diferença de saldo entre importações e exportações – também contribuiu, já que a queda das importações (-1,9%) superou a das exportações (-1,1%)
Agropecuária
A Agropecuária fechou 2014 com crescimento de 2,8% e os serviços de 1%, enquanto a indústria registrou queda de 1,5%, impulsionando assim o resultado do PIB em 2014 de 0,5%. Segundo o estudo do IBGE “a agropecuária e os serviços foram responsáveis, respectivamente, por 0,1 e 0,7 ponto percentuais do crescimento do valor adicionado, enquanto a indústria teve contribuição negativa de 0,4 ponto percentual.”
Indústria
A retração do PIB industrial abrange quase todos os ramos, com exceções nos setores de extração de petróleo, que chegou a crescer 10,9%; extração de minério de ferro (6,8%) indústria farmoquímica (7,4%) e as indústrias de açúcar (3,5%) e álcool (5,2%).
As contribuições negativas vieram da indústria automobilística, cuja queda em 2014 chegou a 19,6%, e de autopeças com retração de -16,1% e a construção negativa em 2,1%.
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