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Além da retração, foram  fechados mais de 899.913 mil vagas nos últimos dois anos
Arquivo/Agência Brasil
Além da retração, foram fechados mais de 899.913 mil vagas nos últimos dois anos

O faturamento das indústrias de material de construção teve queda de 8,4% no ano, ao se comparar com igual período de 2015, afirmou nesta sexta-feira (11) a Associação Brasileira da Indústria dos Materiais de Construção (Abramat). Com relação a setembro deste ano, no entanto, o índice aponta crescimento de 8,6%. Com o resultado a entidade afirmar que o setor terá retração de 10% no resultado de 2016.

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No acumulado a indústria de material de construção também apresentou recuo. De janeiro a outubro, a queda foi de 12,1%, na comparação com o mesmo período de 2015.  Já na base acumulada dos últimos 12 meses, a queda foi de 13,2%.

Para o presidente da entidade, Walter Cover, o resultado é reflexo da crise econômica brasileira. “Tanto varejo quanto as construtoras apresentaram quedas similares. As causas continuam as mesmas, como alto desemprego, perda de renda, dificuldades com crédito e economia em queda. Estas razões fazem com que as famílias e empresários posterguem reformas e novas construções”.

Empregos

O índice apurado pela Abramat indica ainda queda de 7,8% no nível de empregos na indústria de materiais de construção em outubro, comparado com o mesmo mês de 2015. Em relação a setembro de 2016, o crescimento foi de 0,2%.

Pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) apontou que o nível de emprego no segmento de construção civil País recuou em 1,14% no último mês de setembro sobre agosto. Isso representa o corte de 30.823 trabalhadores no período.  No acumulado do ano até o mês de setembro, foram fechados s 225.069 postos de trabalho no segmento e, em 12 meses, 460.014.

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Futuro

Há dois anos o setor vem fechando postos de trabalhos e em 24 meses foram cortadas 899.913 mil vagas.  Para este ano o SindusCon-SP estima que as dispensas devam atingir 500 mil. Em outubro de 2014, a base de trabalhadores era de 3,57 milhões e caiu para 2,678 milhões. Para o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, o reaquecimento do setor da construção cívil e da indústria de material de construção, em relação aos postos de trabalho só acontecerá quando a economia voltar a ficar aquecida.

Para que isso aconteça, Neto afirmou que é necessário fazer a reforma trabalhista e tributária, a racionalização dos gastos públicos, a diminuição dos juros, a elevação da oferta de crédito e a agilização das concessões e parcerias público-privadas da União.

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