O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial, media pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,26% em outubro. A taxa é a menor para o mês de outubro desde 2010, quando o indicador foi de 0,14%. O IPCA acumula taxa de 5,78% no ano, bem abaixo dos 8,52% do mesmo período de 2015.
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Em 12 meses o índice ficou em 7,87%, abaixo dos 8,48% do mesmo período de 2015. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação oficial para quem tem até cinco salários mínimos de renda familiar, foi de 8,5% em 12 meses. Apesar disso, a inflação do INPC acumulada em 12 meses recuou em relação a setembro, quando o índice havia registrado taxa acumulada de 9,15%.
Em análise só do mês de outubro, o INPC apresentou inflação de 0,17%, índice 0,08% maior que o registrado em setembro, quando o indicador oficial foi de 0,26%. Os alimentos tiveram queda de preços de 0,06% em outubro, enquanto os não alimentos registraram inflação de 0,28% no período analisado pelo IBGE.
Alívio nos preços
O IBGE apontou ainda que os alimentos tiveram deflação de 0,05% em outubro, sendo a segunda redução consecutiva sentida no segmento alimentar. Em setembro, os alimentos tiveram queda de 0,29% nos preços.
Os produtos que tiveram queda em seus preços no período foram: leite longa vida com deflação de 10,68%, feijão-carioca com queda de 8,79%, a cebola com deflação 6,48%, os ovos com retração de 4,77%, as hortaliças com -4,45%, feijão-preto com -1,56% e o café com deflação de 1,07%, apontou o IBGE.
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Outras despesas, em especial nos itens para residência, também tiveram deflação no mês passado. Os preços ficaram 0,13% mais baratos aos brasileiros. Em setembro o IBGE já tinha apontado redução nos preços de 0,23% no período.
Mais caros
Em contrapartida, as carnes pesaram no bolso do consumidor, já que tiveram alta de 2,64% em outubro, sendo considerado o item com maior impacto na taxa de 0,26% do IPCA no mês passado.
A locomoção do brasileiro também apresentou maior taxa de inflação oficial em outubro, tendo apresentado alta de 0,75%, resultado essa influenciado pelo aumento de preços do etanol em 6,09%, da gasolina em 1,22% e das passagens aéreas com alta de 10,06%, no período analisado pelo IBGE.
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