Saques da poupança superam depósitos pelo décimo mês consecutivo
Retirada líquida – com os depósitos descontados – atingiu R$ 2,712 bilhões no mês de outubro; no acumulado do ano, total é de R$ 53,251 bilhões
Pelo décimo mês consecutivo, os saques realizados na poupança superaram o valor dos depósitos. A retirada líquida, ou seja, com os depósitos descontados, atingiu o valor de R$ 2,712 bilhões no mês de outubro. As informações foram divulgadas hoje pelo Banco Central (BC).
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Considerando o acumulado dos dez meses já fechados no ano de 2016, esta retirada líquida da poupança já chegou ao total de R$ 53,251 bilhões, se aproximando do resultado negativo que havia sido registrado no último ano, que foi de R$ 53,567 bilhões.
Estes resultados foram obtidos a partir do valor total sacado – que foi de R$ 165,524 bilhões no mês de outubro e de R$ 1,631 trilhão nos dez meses fechados do ano – descontando o total de depósitos, que em outubro atingiram R$ 162,812 bilhões e, no acumulado do ano, chegaram a R$ 1,578 trilhão.
Além disso, os rendimentos creditados nas cadernetas chegaram ao total de R$ 4,062 bilhões no último mês. No mesmo período, o saldo total das contas teve registrado o valor de R$ 644,340 bilhões.
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Inflação
O mercado financeiro manteve as projeções para inflação em 6,88%, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), este ano, também de acordo com informações do Banco Central. Segundo instituições financeiras consultadas pelo BC, a estimativa para 2017 caiu de 5% para 4,95%. Mais uma vez as projeções ultrapassam o centro da meta, que é de 4,5%. Para este ano o teto da meta estimado pelos analistas é de 6,5%; para 2017, 6%.
Por conta desta inflação e dos juros em alta, é possível que outras opções de aplicação sejam mais vantajosas quando comparadas à poupança, dependendo das taxas de administração que serão cobradas pelas instituições financeiras procuradas, o valor do imposto e também o prazo para os investimentos.
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A recessão econômica também contribui para a evasão dos recursos da poupança, afinal, com a crise e o desemprego, os trabalhadores brasileiros possuem menos dinheiro para fazer aplicações na caderneta e, ao mesmo, tempo, precisam sacar mais recursos para arcar com as suas contas.
*Com informações da Agência Brasil