Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por uma inflação menor até o final deste ano. De acordo com a pesquisa Focus, divulgada sempre às segundas-feiras pelo BC, a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu pela sétima vez seguida, ao passar de 6,89% para 6,88%.
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Para o próximo ano, a estimativa segue em 5%. As projeções ultrapassam o centro da meta da inflação que é 4,5%. O teto da meta é 6,5%, este ano, e 6% em 2017. A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo País), este ano passou pela quarta piora seguida, ao ser ajustada de 3,22% para 3,30%. Para 2017, a expectativa de crescimento do PIB brasileiro foi reduzida de 1,23% para 1,21%.
Taxa básica
Com a expectativa de retração da economia nacional e inflação menor, as instituições financeiras esperam que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2017 em 13,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14% ao ano, após a redução 0,25 ponto percentual anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A última vez em que a taxa tinha sido reduzida foi em outubro de 2012, quando o Copom tinha cortado os juros de 7,5% para 7,25% ao ano.
Perspectivas
Para as instituições financeiras, o Banco Central dará continuidade ao ciclo de redução da Selic no próximo ano. A expectativa é que a taxa básica termine 2017 em 10,75% ao ano. A estimativa da semana passada era de 11% ao ano. A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o Banco Central contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação .