Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram que o Brasil tem 12 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. O número indica que o índice de desemprego no País ficou em 11,8% no terceiro trimestre.
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Os números, que fazem parte da Pesquisa Nacional por amostra de domicílios (Pnad), indicam que o Brasil tem 437 mil brasileiros desempregados a mais na comparação com o segundo trimestre deste ano. O número indica crescimento de 3,8% na taxa de desemprego . Em 12 meses, são 3 milhões a mais de pessoas sem uma ocupação remunerada, o que representa alta de 33,9% no período.
Rendimento mensal
Ainda segundo dados divulgados pelo IBGE, o rendimento real dos brasileiros ficou em R$ 2.015, montante que representa crescimento de 0,9% no terceiro trimestre ao se comparar com o segundo, quando o valor era de R$ 1.997. Na comparação com o terceiro trimestre de 2015, o valor apresentou queda de 2,1%, já que no período o valor do rendimento do trabalhador brasileiro era de R$ 2.059.
O IBGE informou ainda que a massa de rendimento real habitualmente recebida pelas pessoas ocupadas, valor este estimado em R$ R$ 176,8 bilhões, não apresentou variação significativa em relação ao segundo trimestre de 2016, e caiu 3,8% frente ao mesmo trimestre de 2015.
Emprego formal
O número de empregos formal no setor privado, ou seja, com carteira assinada, também apresentou queda de 0,9%, somando 34,1 milhões de profissionais. Na comparação com o terceiro trimestre houve queda de 0,9%, o que representa 314 mil pessoas sem registro em carteira no período. Na comparação anual a queda no número de empregos formais foi de 3,7%.
Já a parcela da população empregada sem registro em carteira no setor privado, hoje com 10,3 milhões de pessoas, dos trabalhadores domésticos - 6,1 milhões de pessoas-, e dos empregados no setor público, que ao total são 11,3 milhões de pessoas, permaneceram estáveis em relação ao trimestre de abril a junho de 2016 e frente ao mesmo período do ano anterior.
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Setores
O segmento que apresentou maior alta no índice de desemprego foi o da agricultura, pecuária, produção florestal e pesca com redução de 4,7% de postos de trabalho. Na indústria a queda foi de 10,1% e no comércio a queda foi de 2,8%.