Vendas do comércio fecharam os primeiros oito meses do ano com queda acumulada de 6,6%
Arquivo/Agência Brasil
Vendas do comércio fecharam os primeiros oito meses do ano com queda acumulada de 6,6%

Os indicadores do comércio varejista fecharam o mês de agosto com queda de 0,6% no volume de vendas e 0,5% na receita nominal na comparação com o mês de julho, na série com ajuste sazonal.

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Os resultados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a queda de agosto, as vendas do comércio fecharam os primeiros oito meses do ano com queda acumulada de 6,6% enquanto a receita nominal fechou com expansão de 5,1% comparativamente aos primeiros oito meses de 2015.

Os dados mostram que a média móvel trimestral, encerrada em agosto, fechou negativa em 0,3%, mas permaneceu positiva para a receita nominal, em 0,7%.

Já na comparação com agosto de 2015, série sem ajuste sazonal, o volume de vendas recuou 5,5%. Essa é a 17ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.

Comércio varejista ampliado

De acordo com dados do IBGE, o comércio varejista ampliado (varejo e mais as atividades de veículos, motos e material de construção) teve variação de 2% no volume de vendas e de 1,2% em receita nominal, em relação a julho de 2016, na série com ajuste sazonal.

Em relação a agosto de 2015, o varejo ampliado recuou 7,7% para o volume de vendas e avançou 1,2% para a receita nominal. Quanto às taxas acumuladas, os resultados foram de -9,3% no ano e de -10,2% nos últimos 12 meses, para o volume de vendas, e de -0,6% e -1,9% para a receita nominal, respectivamente.

Atividades

O recuo de 0,6% nas vendas do comércio varejista de julho para agosto teve predomínio de resultados negativos, atingindo seis das oito atividades pesquisadas, com destaque para equipamentos e material para escritório, informática e comunicação. A queda nesse setor foi de 5%.

Também apresentaram queda os seguintes itens: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (- 2,8%); móveis e eletrodomésticos (-2,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); combustíveis e lubrificantes (-2%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%).

Por outro lado, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo - setor de maior peso no conjunto das atividades do varejo – avançaram 0,8% de um mês para o outro e pressionaram o comportamento das vendas do varejo, compensando em parte a queda de 0,7% resgistrada no mês anterior. O setor de tecidos, vestuário e calçados, (0,0%) registrou, por sua vez, estabilidade em relação a julho de 2016.

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O recuo de 2% no comércio varejista ampliado acentuou em agosto o ritmo de queda em relação ao mês imediatamente anterior, influenciado, principalmente, pelo recuo de 4,8% em veículos e motos, partes e peças. Em contrapartida, nessa mesma comparação, o segmento de material de construção registrou alta de 1,8%, interrompendo queda de 2,4% relativo ao mês anterior.

Retração

A queda de 0,6% nas vendas do comércio varejista entre julho e agosto deste ano, na série livre de influências sazonais sazonais, refletem retrações em 23 das 27 unidades da federação, com destaque para a retração de 4,2% verificada no Acre, seguido do Amazonas (-3,3%).

* Com informações da Agência Brasil

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