Na última reunião do ano, as instituições financeiras esperam por nova redução da Selic
Marcos Santos/USP Imagens
Na última reunião do ano, as instituições financeiras esperam por nova redução da Selic

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam por uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic , nesta semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se nesta terça e quarta-feira para definir a taxa de juros, que atualmente está em 14,25% ao ano.

Na última reunião do ano, que será realizada nos dias 29 e 30 de novembro, as instituições financeiras esperam por nova redução da Selic . De acordo com a projeção divulgada no boletim Focus (relatório semanal do BC), a Selic deve terminar 2016 em 13,5%. A estimativa anterior era 13,75%. Para 2017, a expectativa é de que o Copom dê continuidade ao ciclo de redução da Selic, que deverá encerrar o período em 11% ao ano.

O que é a taxa Selic

A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Inflação

A divulgação da inflação de setembro, menor do que se esperava, contribuiu para reduzir a projeção da Selic. Em 7 de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,08%  em setembro, o menor nível para o mês desde 1998, quando chegou a -0,22%. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 8,48%, abaixo dos 8,97% acumulados até agosto deste ano, mas acima do teto da meta de inflação do governo federal, que é de 6,5%

Para 2016, as instituições financeiras reduziram de 7,04% para 7,01% a estimativa para o IPCA. Essa foi a quinta redução consecutiva. Para 2017, a expectativa passou de 5,06% para 5,04%, na segunda queda seguida.

As instituições financeiras também fazem projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Neste ano, a expectativa de queda do PIB passou de 3,15% para 3,19%. Em 2017, a projeção de crescimento foi mantida em 1,3%.

* Com informações da Agência Brasil

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