As vendas de veículos novos caíram 27,3% nos últimos doze meses em comparação ao período anterior. Segundo balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nesta quinta-feira (6), foram 2,12 milhões de unidades emplacadas no período, contra 2,93 entre outubro de 2014 e setembro de 2015. Os veículos importados foram responsáveis por 13,9% das vendas neste período.
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Na comparação entre setembro do ano passado e setembro de 2016, a queda foi de 20,1%. De acordo com o levantamento, foram comercializados 160 mil veículos . No mesmo período do ano passado, as vendas chegaram a 200 mil unidadas. Entre janeiro e setembro deste ano, houve uma retração de 22,8% em relação ao mesmo intervalo de 2015.
A produção registrou queda no mês de setembro. Em comparação ao mesmo período de 2015, o recuo foi de 2,2%, com a fabricação de 170 mil unidades. No acumulado dos primeiros três trimestres do ano, a retração chega a 18,5%, com produção de 1,55 milhão de veículos. Segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea, a retomada do setor não depende, necessariamente, da melhora do cenário econômico nacional.
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O executivo defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um limite para os gastos do governo. "A gente entende que seria fundamental que esse primeiro sinal fosse dado", disse Megale ao apresentar o balanço das vendas e produção. O texto deve ser votado na Câmara na próxima semana.
Quedas entre usados
As transações envolvendo veículos usados de todos os segmentos recuaram 10,04% em setembro na comparação com agosto, totalizando 1.134.393 emplacamentos. O índice é medido pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa mais de sete mil concessionárioas no País. A metodologia utilizada pela associação inclui automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários.
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"Apesar do índice de confiança do consumidor já ter apresentado uma melhora, as recentes mudanças no cenário político ainda não refletiram na efetivação das medidas a serem tomadas na economia", alerta Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave. "As altas taxas de desemprego também preocupam o consumidor que, por essas razões, permanece retraído para compras". A Fenabrave acredita que, até dezembro, o emplacamento de veículos automotores, que leva em conta todos os segmentos, apresentará queda de 19,33% em relação ao ano de 2015.