A passagem entre os meses de julho e agosto deste ano apresentou queda de 3,8% na produção industrial, segundo divulgou nesta terça-feira (04) a Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a maior queda apresentada na indústria desde o mês de janeiro de 2012, quando foi de -4,9%.
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De acordo com o IBGE, esta foi a primeira queda do indicador, que apresentou alta durante cinco meses seguidos. A indústria
também teve resultados negativos na média móvel trimestral, que foi de -0,7%, ao comparar agosto de 2016 e o mesmo mês de 2015. No acumulado do ano, a queda foi de -8,2% e no acumulado de 12 meses esse dado é ainda maior, atingindo -9,3%.
Na comparação de agosto deste ano com o mês de julho, houve quedas em três das quatro grandes categorias econômicas analisadas, que são: bens intermediários, ou seja, insumos industrializados utilizados no setor produtivo (-4,3%), bens de consumo duráveis (-9,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,9%).
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Já os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos, tiveram crescimento de 0,4%.
Quedas por setores
Segundo divulgou o IBGE nesta terça, apenas duas atividades industriais – do total de 24 pesquisadas -, tiveram crescimento quando comparados os dados dos meses de julho e agosto, que foram os produtos farmacoquímicos e farmacêuticos (8,3%) e os produtos de metal (1%).
Além das duas áreas com crescimento, a pesquisa revelou uma atividade que se manteve estável no País durante o período analisado, que foi o setor de couro, artigos de viagem e calçados.
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Dessa maneira, o estudo do IBGE encontrou 21 atividades da indústria que acusaram queda. Entre este universo, as mais impactantes foram produtos alimentícios (-8%), veículos automotores (-10,4%), indústrias extrativas (-1,8%) e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%).
Sobre a pesquisa
Produz indicadores de produção física com o objetivo de fornecer, mensalmente, uma estimativa do movimento de curto prazo do produto real da indústria , tendo como unidade de coleta os estabelecimentos industriais selecionados. Seus resultados são utilizados na mensuração preliminar da taxa de variação da componente industrial do Produto Interno Bruto.