Secretário defende fim de regimes especiais e aumento da idade da aposentadoria

Mansueto Almeida disse ser favorável ao final dos regimes especiais para parlamentares e militares; reforma da Previdência precisa de aprovação

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Mansueto Almeida acredita que regras da aposentadoria precisam ser renovados

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“Em nenhum outro lugar do mundo as pessoas se aposentam muito jovens como no Brasil, onde algumas pessoas, muito novas, se aposentam com regimes especiais. Temos de mostrar que isso não é sustentável ao longo do tempo”, afirmou sobre a aposentadoria . “Não podemos ter medo de debate. Vamos colocar uma proposta no papel e discutir com a sociedade. Em todos os países, a Previdência é o mais uniforme possível. Como temos vários regimes especiais, precisamos de mecanismos de transição bem elaborados”, completou.

Texto depende do Congresso Nacional

Ainda é preciso que o texto de reforma na Previdência, feito pelo governo Temer, receba aprovação do Congresso Nacional. “Se explicarmos como funciona a Previdência no Brasil e em outros locais do mundo, você consegue aprovar a reforma. Nos próximos 30 anos, a projeção de pessoas idosas vai triplicar em relação à população, muito parecido ao Japão. Precisamos garantir que todas essas pessoas que vão se aposentar nos próximos 20, 30 anos tenham garantias no futuro”, disse Almeida.

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O secretário ainda falou sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que visa o estabelecimento de um novo regime fiscal, limitando a variação dos orçamentos da saúde em educação a, no máximo, o valor da inflação. Ele acredita que a separação da discussão do teto de gastos dos estados e da União é uma decisão correta.

“O relator achou melhor a estratégia de não discutir conjuntamente estados e governo federal, mas ainda não sei se o governo bateu o martelo”, disse ele. “Às vezes, quando essas propostas são separadas, fica até melhor para a sociedade entender quais são os problemas do governo central e quais são os problemas dos estados. Como o gasto com pessoal ativo e inativo é um problema muito maior nos estados do que no governo central”, afirmou.

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Além de falar sobre novas condições para a aposentadoria, o representante do Ministério da Fazenda também mostrou otimisto no que diz respeito ao crescimento do PIB do País. Segundo ele, é possível superar as estimativas apontadas pelo governo para 2017, que são de 1,6%. "Não ficaria surpreendido se o crescimento for maior, mas vai depender de uma série de coisas, como recuperação do investimento, exportação, como o mercado de trabalho vai reagir", concluiu.