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A Intenção de Consumo das Famílias teve alta de 0,9% em agosto em comparação com julho
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
A Intenção de Consumo das Famílias teve alta de 0,9% em agosto em comparação com julho

A Intenção de Consumo das Famílias (IFC) teve alta de 0,9% em agosto em comparação com julho, com 69,3 pontos em uma escala de 0 a 200, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Essa é a primeira alta mensal da intenção de consumo registrada pelo pelo índice nos últimos seis meses. Entretanto, na comparação com o mesmo período de 2015, a Intenção de Consumo das Famílias teve queda de 15,3%.

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Diferente dos meses anteriores, a Intenção de Consumo das Famílias teve aumento na comparação mensal nos sete indicadores que o constituem. Ainda assim, o indicador ainda permanece em um nível menor que 100 pontos, abaixo da chamada zona de indiferença, que indica insatisfação com a situação atual.

A avaliação do emprego atual teve alta de 1,6% e chegou aos 102,3 pontos, sendo o único quesito acima da zona de indiferença. Na comparação anual, o quesito recuou 5,6%. Hoje, 28,9% das famílias sentem-se mais seguras em relação ao emprego.

O nível de consumo subiu 0,5% em relação ao mês anterior, mas caiu 29% em relação ao mesmo período de 2015. Segundo a CNC, o elevado custo do crédito, o aumento do endividamento e do desemprego são alguns fatores que explicam as variações negativas em relação ao ano passado.

A assessora econômica da CNC, Juliana Serapio, disse em nota oficial que "mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho". 

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As expectativas das famílias em relação ao futuro também apresentaram melhora. A perspectiva em relação ao mercado de trabalho avançou 0,5% em relação ao mês passado, mas teve queda de 5,4% na comparação anual. A perspectiva de consumo teve aumento de 0,4% em agosto ante a julho. Na comparação anual, por outro lado, a queda foi de 20,4%.

Essas expectativas menos negativas para o segundo semestre levaram a CNC a revisar suas projeções para as vendas no varejo restrito de -5,6% para -5,4% ao final de 2016. Também houve revisão da projeção para o varejo ampliado (que engloba automóveis e materiais de construção) de -10,6% para -9,8%.

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