Confiança virá com fortalecimento do tripé macroeconômico, diz Goldfajn

Presidente do Banco Central (BC) voltou a ressaltar a importância da responsabilidade fiscal, do controle da inflação e do câmbio flutuante

Foto: Agência Brasil
Desde que assumiu o BC, Goldfajn tenta passar imagem de estabilidade ao mercado para a retomada dos investimentos

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira (12) que é necessário fortalecer o tripé macroeconômico para garantir a retomada da confiança na economia brasileira. A declaração foi dada na abertura do XI Seminário anual sobre Riscos, Estabilidade financeira e Economia bancária, na capital paulista.

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"Como tenho afirmado em declarações recentes, o elemento mais essencial para a recuperação econômica sustentável será a retomada da confiança. Para isso, é necessário, em primeiro lugar, fortalecer o velho e bom tripé macroeconômico formado por responsabilidade fiscal, controle da inflação e regime de câmbio flutuante", afirmou.

Sobre a política fiscal, "cuja importância para a retomada da confiança não pode ser relativizada", Ilan não entrou em detalhes e explicou aos presentes que eles terão oportunidade de assistir a uma palestra do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, no final do mesmo evento nesta sexta.

"Do lado do Banco Central, contribuiremos pela via do controle da inflação, que ajudará na redução do risco país, na recuperação da confiança e na retomada do crescimento, e pela via do respeito ao regime de câmbio flutuante", disse Ilan Goldfajn.

Parcimônia no câmbio

O presidente do Banco Central comentou que, em relação ao câmbio flutuante, tem afirmado que a instituição "utilizará com parcimônia as ferramentas cambiais de que dispõe" quando "julgar necessário e sem ferir as premissas desse regime". Segundo Goldfajn, o BC "poderá reduzir sua exposição cambial em determinado instrumento em ritmo compatível com o normal funcionamento do mercado, quando e se estiverem presentes as adequadas condições.

Para o presidente da autoridade, um exemplo dessa atuação "tem sido a redução gradual da nossa posição em swaps cambiais, motivada pelas condições no mercado".