Meirelles acredita que Estados têm como cumprir teto de gastos públicos
Ministro da Fazenda se encontrou com parlamentares para discutir situação do projeto; governo deve manter alterações aprovadas pela Câmara
LEIA MAIS: Brasileiro vê combate à inflação como prioridade, aponta pesquisa
Após encontro com parlamentares para discutir o andamento do projeto, Henrique Meirelles indicou que o governo não se movimentará para alterar, no Senado, medidas aprovadas pela Câmara. O texto prevê o alongamento do pagamento das dívidas por até 20 anos se os Estados cumprirem medidas de restriçnao fiscal.
O ministro ainda afirmou que os governadores têm todos as condições de cumprir o teto de gastos e não precisarão enviar projetos de reajustes salariais. O objetivo é criar somente projetos dentro dos termos estabelecidos pelo governo. "Se um estado não cumprir com o teto, ele perde e volta a pagar a dívida nos termos originais", destacou.
Meirelles se mostrou satisfeito com o andamento do projeto no Congresso . O ministro disse que o governo pôde indicar as medidas adequadas para os parlamentares tomarem suas decisões. "[Isso] faz parte da democracia, medidas relevantes e pactuadas pelo Congresso", enfatizou.
Para o projeto ser aprovado, o governo aceitou retirar do projeto um trecho sobre o reajuste salarial de servidores estaduais. De acordo com o ministro, a medida seria auxiliar e ajudaria os governadores na manutenção do teto, mas adiantou que é possível adotar outras medidas para permanecer dentro das regras. "Fundamental é o teto. Tal qual o federal, que é inegociável. Sem o teto, o Brasil ficaria em uma situação complicada de controle da evolução dos gastos públicos", disse.
LEIA MAIS:
Previdência do Brasil é a 13ª mais cara de lista com 86 países, aponta estudo
Logo pela manhã, o Ministério da Fazenda divulgou uma nota sobre o andamento do projeto na Câmara. De acordo com o texto, Henrique Meirelles considerou a aprovação "o primeiro passo concreto do ajuste estrutural das despesas públicas brasileiras em décadas". O comunicado também adiantou que o projeto para definir um teto para as despesas federais deve ser o próximo a entrar em pauta no Congresso.
* Com informações da Agência Brasil.