Pauta econômica é prioridade para a Câmara dos Deputados, diz Rodrigo Maia

Parlamentar pretende levar projetos sobre renegociação de dívidas e exploração do pré-sal à votação antes de eleições municipais

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Rodrigo Maia entrevista

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo maia (DEM-RJ), pretende dar atenção especial a pautas relacionadas à economia. Após ter se reunido com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Maia afirmou que a Casa deve ter a agenda econômica do governo Michel Temer como prioridade.

Maia pretende trabalhar com "objetivos" na Câmara dos Deputados . A primeira meta é aprovar o Projeto de Lei Complementar (PLC) da Renegociação da Dívida dos Estados  antes das eleições municipais. O projeto, que deve ser votado no início da próxima semana, conta com o interesse de aprovação inclusive entre a oposição, disse Maia. "Todos os Estados têm interesse porque a situação da maioria dos Estados é muito ruim", declarou.

LEIA MAIS: Não há possibilidade de mudança na lei da repatriação, diz Meirelles

Questionado se o período eleitoral pode dificultar o quórum mínimo para as votações, Maia disse que "o processo eleitoral não pode e não deve atrasar a responsabilidade do Executivo e do Legislativo para recuperar o País. O trabalho da Câmara não pode parar".

O parlamentar pretende ter a pauta liberada de medidas provisórias para votar o projeto que muda regras de exploração do pré-sal. Ainda em agosto, Maia pretende votar o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) do foro privilegiado. Para que o projeto chegue ao plenário, o presidente da Câmara depende da aprovação na Comissão de Constituição e Justiça.

LEIA MAIS: Empréstimo: conheça as vantagens e desvantagens de cada modalidade

A PEC dos gastos públicos deverá ser votada pela Câmara dos Deputados somente após as eleições municipais. A proposta é defendida por Meirelles, que pretende evitar o crescimento das despesas públicas. De acordo com Maia, o projeto tem um cronograma "factível" e a Casa "tem toda a condição" de votar o parecer na comissão especial em outubro e levar a matéria ao plenário até novembro.

* Com informações do Estadão Conteúdo.