A Caixa Econômica Federal vai financiar imóveis de até R$3 milhões a partir desta segunda-feira (25). As mudanças foram anunciadas na semana passada pelo banco, o que irá afetar as operações de crédito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), modalidade responsável pelo financiamento dos imóveis mais caros sem o empréstimo de dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Até agora, o limite de valor dos imóveis era de R$1,5 milhão. A Caixa financia os imóveis mais caros a partir de hoje, assim como passará a financiar parcelas maiores do valor dos imóveis por meio do SFI. A cota de financiamento para imóveis usados também subiu de 60% para 70% (na verdade, a parcela de 70% era financiada até o início do ano passado – sendo diminuída para 40% em maio de 2015, sofrendo reajuste para 60% em março deste ano).
Operações contratadas com interveniente quitante – que têm quitação de financiamento com outra instituição financeira—passarão a ter cota de financiamento de 70%, sendo de 50% até agora.
Segundo a instituição financeira, tais mudanças que estão entrando em vigor não afetarão as operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que financia imóveis com recursos do FGTS. Nesse sistema, é possível a compra de imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal, e de até R$ 650 mil nas demais localidades do País.
Já o SFI financia unidades de maior valor, com recursos de fundos de pensão, fundos de renda fixa, companhias seguradoras e bancos de investimento.
Aquecimento do setor imobiliário
A expectativa do setor imobiliário é de que a economia possa ser reaquecida com a mudança das regras de financiamento da Caixa Econômica Federal nesta segunda. Isso porque as alterações incluem a compra de imóveis mais caros. O setor sofre fortemente com impactos da crise financeira dos últimos anos.
Para a Agência Brasil, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, afirmou que, apesar de ser voltada para um mercado mais restrito, a medida é muito bem-vinda. “Quando se trabalha com financiamento, acaba-se tendo dinheiro mais barato e facilitando-se os negócios. E tem-se um conforto maior”, disse Martins.
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Já o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, disse que as mudanças nas regras de financiamento da Caixa chegam em boa hora, pois as expectativas e o otimismo das pessoas têm melhorado. “Vai auxiliar bastante na compra de imóveis para classes mais elevadas, que vinham sofrendo bastante com a maior dificuldade de financiamento”, observou.
*As informações são da Agência Brasil