O relatório Economic Outlook publicado nesta quarta-feira, 1º de junho, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) cita que, além dos problemas macroeconômicos e políticos, o processo de aperto dos juros nos Estados Unidos, a gestão do setor privado - especialmente nas empresas endividadas - e a China também são riscos econômicos potenciais para o Brasil.
"A volatilidade nos mercados de capitais internacionais poderia retornar no contexto da normalização da política monetária nos Estados Unidos, mas as elevadas reservas em moeda estrangeira do Brasil de US$ 351 bilhões ou 20% do Produto Interno Bruto fornecem um colchão forte", cita o documento no trecho dedicado ao Brasil.
Outro risco para o País vem do setor corporativo. "Os efeitos da recessão em curso estão se tornando cada vez mais visíveis. Os pedidos de falência estão aumentando em empresas de todos os tamanhos e isso pode aumentar daqui para frente", cita o documento. A OCDE lembra ainda que a dívida líquida das empresas de capital aberto do Brasil cresceu 24% em 2015, período em que os lucros caíram 29%. Nesse tema, a desvalorização do real pode prejudicar companhias com dívida no exterior. "Sem contar as três grandes empresas com participação pública, a Petrobras, Vale e Eletrobrás".
Para terminar a lista de riscos para o Brasil, a OCDE nota que um novo abrandamento do ritmo de crescimento na China também pode reduzir o potencial de crescimento do Brasil.