A dívida líquida do setor público avançou para 39,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em abril, ante 38,8% do PIB em março, e também subiu na comparação com dezembro de 2015, quando estava em 36,2% do PIB. A dívida do Governo Central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 2,356 trilhões, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (31) pelo Banco Central (BC).

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A elevação da dívida líquida ocorreu por causa da incorporação de juros, do impacto da valorização cambial e do efeito do crescimento do PIB nomina, entre outros fatores

Já a dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 4,039 trilhões, o que representou 67,5% do PIB. Em março, essa relação estava em 67,2%.

De acordo com o BC, a elevação da dívida líquida ocorreu por causa da incorporação de juros (+1,8 p.p.), do impacto da valorização cambial de 11,6% no ano (+2,3 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,5 p.p.), do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,4 p.p.) e do superávit primário (-0,1 p.p.).

Projeções

O chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel adiantou nesta terça que a estimativa da autoridade monetária para a dívida líquida do setor público em maio é de 39,5%. Já a estimativa para a dívida pública do governo geral em maio é de 68,4% do PIB.

"A diferença na evolução é fundamentalmente devida ao impacto da variação cambial em maio, com desvalorização em torno de 4,3% no mês até ontem (30). Isso afeta a dívida líquida, mas não a dívida bruta", explicou.

Juros

Maciel comentou também a despesa com juros de R$ 23,345 bilhões em abril foi determinada pelos resultados das operações cambiais do Banco Central. "A diferença dos resultados de swaps explicam esse movimento", completou.

Ele destacou ainda que o déficit nominal de 13,163 bilhões do setor público em abril é o mais elevado da série histórica para o mês.

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