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Setor registrou índice de expansão de 2,9% em unidades de franquia em relação ao ano de 2015, totalizando 141.254

Faturamento do franchising saltou de R$ 31,331 bilhões para R$ 33,709 bilhões
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Faturamento do franchising saltou de R$ 31,331 bilhões para R$ 33,709 bilhões


O setor de franchising registrou um crescimento nominal de 7,6% na receita do setor no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2015, segundo a A ABF (Associação Brasileira de Franchising). O crescimento registrado foi inferior à inflação medida pelo Índices de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que teve alta de 9,39% nos 12 meses encerrados em março.

O faturamento saltou de R$ 31,331 bilhões para R$ 33,709 bilhões. Fatores como o aumento de custos, a retração do mercado consumidor e a escassez de crédito impactaram o setor, que rapidamente reagiu para preservar seu faturamento.

“O franchising é um setor que aplica indicadores de desempenho e os acompanha constantemente, tomando medidas para preservar sua operação. E foi isso o que ocorreu no primeiro trimestre. Frente a um cenário dos mais desafiadores, as redes buscaram alternativas”, afirma Cristina Franco, presidente da ABF. Ainda segundo a presidente, o ticket médio do franchising se adequa melhor ao bolso do brasileiro, especialmente em um período de restrição orçamentária.

No acumulado de 12 meses, a receita do setor variou positivamente 7,9%. A variação é um indicativo da consistência do desempenho frente a cenários adversos. “A natureza colaborativa do franchising, em que ambas as partes buscam conjuntamente o desenvolvimento do negócio, confere maior resiliência ao nosso sistema”, diz Franco.

O setor registrou um índice de expansão de 2,9% em unidades de franquia em relação ao ano de 2015, totalizando 141.254 unidades. A variação do número de unidades no período representou um incremento de 2.911 novas operações de franchising no Brasil.

Também de acordo com o levantamento, 108 novas marcas ingressaram no franchising brasileiro neste primeiro trimestre do ano, elevando o total de 3.073 apurado no ano passado para 3.181 redes em março de 2016.

“Mesmo que de forma mais conservadora, notamos que as redes mantêm seus planos de expansão, buscando, inclusive, mercados menos explorados e pontos comerciais em melhores condições. Também notamos um crescente interesse por modelos mais compactos ou que demandam menor investimento inicial”, afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF. “Por outro lado, grandes marcas, nacionais e internacionais, continuam a adotar o franchising como um meio de expandir seus negócios de forma mais rápida, segura e com menor necessidade de capital próprio no Brasil”, completa.

Dentre os segmentos que apresentaram maior crescimento no primeiro trimestre de 2016 comparado a igual período do ano anterior, destacam-se: Acessórios Pessoais e Calçados (15%), Lavanderia, Limpeza e Conservação (15%), Serviços Automotivos (13%), Negócios, Serviços e Outros Varejos (12%) e Esporte, Saúde, Beleza e Lazer (12%).

O segmento de Acessórios Pessoais e Calçados foi favorecido pelo verão mais intenso e prolongado, a competitividade frente a produtos importados e pela exportação. Já Lavanderia, Limpeza e Conservação destacou-se pela demanda induzida por promoções e campanhas e pela emenda constitucional que ampliou os direitos das empregadas domésticas no segundo semestre de 2015. A expansão do segmento de Serviços Automotivos, por sua vez, reflete a queda das vendas de veículos novos, fazendo com que os consumidores invistam na manutenção e consertos da frota de seminovos que registra aumento crescente desde 2014. O desempenho de Negócios, Serviços e Outros Varejos está ligado à demanda por serviços com um ticket médio mais baixo e produtos de conveniência. Por fim, em Esporte, Saúde, Beleza e Lazer, o desempenho foi impulsionado por tendências consolidadas de consumo direcionadas à qualidade de vida e bem-estar. A diversificação de canais de venda também favoreceu esse segmento.