Alta de preços dos remédios puxou a inflação do grupo de despesas saúde e cuidados pessoais, com uma taxa de 2,54%
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,86% em maio, após subir 0,51% em abril. Com o resultado anunciado nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (20), o IPCA-15 acumula aumento de 4,21% no ano. Já a taxa acumulada em 12 meses até maio foi de 9,62%.
O resultado ficou acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções. Os economistas esperavam uma inflação de 0,57% a 0,81%, intervalo que gerou mediana de 0,77% para o IPCA-15 aguardado.
Preços dos remédios pesaram mais
A alta de preços dos remédios puxou a inflação do grupo de despesas saúde e cuidados pessoais, que registrou uma taxa de 2,54% na prévia de maio, cujo cálculo foi feito com base em preços coletados entre 14 de abril e 13 de maio.
Outro grupo que teve papel importante na prévia foi o de alimentos e bebidas, com uma taxa de 1,03%. Entre os produtos que ficaram mais caros estão a batata-inglesa (29,65%), o feijão-carioca (5,04%), a farinha de mandioca (4,45%) e o leite (2,82%).
Também tiveram taxas acima da média do IPCA-15, os grupos de despesas com habitação (0,99%) e comunicação (1,26%). Outros quatro grupos de despesa tiveram inflação: despesas pessoais (0,81%), vestuário (0,72%), artigos de residência (0,55%) e educação (0,29%).
Apenas os transportes acusaram deflação (queda de preços) de 0,30%, devido ao recuo nos preços das passagens (-8,59%) e etanol (-8,54%).