Empresário do comércio volta a ficar mais pessimista em abril, aponta CNC

Na comparação com abril de 2015, indicador encolheu 8,0%, como reflexo da contínua retração na atividade do comércio

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Na passagem de março para abril, houve influência da queda nas intenções de investimentos


Após três meses de ligeira melhora, os comerciantes voltaram a ficar mais pessimistas em abril. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu para 80,1 pontos, queda de 0 3% em relação a março, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na comparação com abril de 2015, o indicador encolheu 8,0%, como reflexo da contínua retração na atividade do comércio, puxada especialmente pela deterioração do mercado de trabalho.

"Não detectamos fatores que indiquem reversão no ritmo de atividade do comércio, ainda sem perspectivas de recuperação no médio prazo, especialmente em função da deterioração do mercado de trabalho, desemprego e queda na renda real dos consumidores", justificou a economista Izis Ferreira, da CNC, em nota.

Na passagem de março para abril, houve influência da queda nas intenções de investimentos.

O subíndice que mede as condições correntes (Icaec) aumentou para 42,4 pontos, alta de 5,3% em relação a março. Na comparação com o ano anterior, entretanto, houve redução de 19,2%.

Já o subíndice ligado às expectativas em relação aos próximos meses alcançou 123,2 pontos em abril, acima do nível de indiferença (de 100 pontos) e 0,4% maior que o registrado em março. Na comparação anual, o aumento foi de 0,7%, primeira taxa positiva observada desde 2013 nesse tipo de comparação.

Na direção oposta, o subíndice que mede as condições de investimentos caiu para 74,8 pontos, recuo de 2,9% em relação a março e redução de 13,6% na comparação com abril do ano passado. O resultado foi influenciado por uma piora em todos os itens: intenção de contratação de funcionários (-3,9% ante o mês anterior), intenção de investimento na empresa (-2,6%) e avaliação do nível dos estoques diante da programação de vendas (-2,1%).