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Energia elétrica


A energia elétrica ficou 3,41% mais barata em março, principal impacto negativo sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês. A contribuição do item foi de -0,13 ponto porcentual para a taxa de inflação de 0,43%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O movimento foi provocado pela redução na cobrança extra da bandeira tarifária que, a partir de primeiro de março, passou dos R$ 3,00 da bandeira vermelha para R$ 1,50 da bandeira amarela a cada 100 quilowatts-hora consumidos.

As contas de luz ficaram mais baratas em todas as regiões pesquisadas, com contribuição também da redução no valor das alíquotas do PIS/Cofins ocorrida na maioria delas. Salvador teve a maior redução na tarifa de energia em março, de -8,55%.

"O patamar de preços ainda está alto. A queda nas contas de energia foi muito importante no sentido de frear e segurar um pouco a inflação. Mas os preços não ficaram mais baixos em relação a 2014", observou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Apesar das reduções nos últimos meses, a conta de luz ainda acumula aumento de 45,01% de janeiro de 2015 a março de 2016. "Ou seja, a energia elétrica não devolveu o que pegou. Os consumidores continuam pagando a conta mais alta da energia elétrica. Ter uma queda em março é muito bom, mas ainda não devolveu quase nada do que aumentou", ponderou Eulina.

A redução na tarifa de energia elétrica foi o principal responsável pela desaceleração no grupo Habitação, que aprofundou a queda de 0,15% em fevereiro para recuo de 0,64% em março, principal impacto negativo entre os grupos sobre o IPCA. O efeito foi equivalente a 0,10 ponto porcentual no último mês.

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