Montadoras têm menor nível de produção desde 2003 no 1º trimestre, diz Anfavea

No mês de março, 195.179 unidades saíram das fábricas, queda de 23 7% em comparação com igual mês no ano de 2015

Foto: fg
Automóveis e comerciais leves somaram 462.838 unidades nos primeiros três meses de 2016, baixa de 27 3% se comparado ao mesmo período em 2015


Em meio à baixa demanda por veículos no Brasil, as montadoras instaladas no País terminaram o primeiro trimestre de 2016 com o menor nível de produção para o período em 13 anos. Foram 482.290 unidades produzidas de janeiro a março deste ano, em soma que considera automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou nesta quarta-feira, 6, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O número representa queda de 27,8% em relação aos primeiros três meses do ano passado.

Só em março, 195.179 unidades saíram das fábricas, recuo de 23 7% em comparação com igual mês de 2015. Na comparação com fevereiro, no entanto, houve alta de 42,6%, em razão do maior número de dias úteis em março. Algumas montadoras estenderam o feriado do Carnaval em fevereiro para reduzir a produção e ajustá-la à baixa da demanda.

Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 462.838 unidades nos primeiros três meses de 2016, baixa de 27 3% ante igual intervalo de 2015. No mês de março, a produção alcançou 187.964 veículos, retração de 23,5% em relação a março de 2015, porém crescimento de 44,5% ante o volume do mês anterior.

Entre os pesados, foram 15.113 caminhões no primeiro trimestre, queda de 35,2% em comparação com igual período do ano passado. No terceiro mês do ano, a produção atingiu 5.661 caminhões, baixa de 23,2% ante março do ano passado, porém alta de 6,9% sobre o resultado de fevereiro. No caso dos ônibus, o primeiro trimestre terminou com a produção de 4.339 unidades, recuo de 43 5% ante os primeiros três meses de 2015. Março, sozinho, somou 1.654 unidades, queda de 40,6% sobre o resultado de igual mês do ano passado, mas crescimento de 9,6% em relação a fevereiro.

Vendas

Segundo a Anfavea, a venda de veículos novos no Brasil alcançou 481.311 unidades no primeiro trimestre de 2016, queda de 28,6% em relação aos primeiros três meses de 2015. Só em março, foram 179.219 veículos comercializados, recuo de 23,6% em comparação com igual mês do ano passado, mas alta de 22,1% sobre o resultado de fevereiro.

Por segmento, os automóveis e comerciais leves, juntos, somaram 465.480 unidades nos primeiros três meses de 2016, baixa de 28 4% ante igual intervalo de 2015. No mês de março, a venda alcançou 173.389 veículos, retração de 23,4% em relação a março de 2015, porém crescimento de 21,9% ante o volume do mês anterior.

Entre os pesados, foram 13.111 caminhões vendidos no primeiro trimestre, queda de 32,1% em comparação com igual período do ano passado. No terceiro mês do ano, a venda atingiu 4.843 caminhões baixa de 25,4% ante março do ano passado, porém alta de 25,8% sobre o resultado de fevereiro.

No caso dos ônibus, o primeiro trimestre registrou a comercialização de 2.720 unidades, recuo de 47,8% ante os primeiros três meses de 2015. Março, sozinho, somou 987 unidades queda de 45,3% sobre o resultado de igual mês do ano passado, mas crescimento de 41% em relação a fevereiro.

Exportações

A Anfavea também informou que as exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 850,517 milhões em março, alta de 0,2% na comparação com fevereiro, mas queda de 7 7% ante março do ano passado. No acumulado do ano, houve baixa de 7,6% sobre o primeiro trimestre de 2015.

No terceiro mês do ano, foram exportadas 38.559 unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, o que representa expansão de 5,7% na comparação com fevereiro deste ano e de 19,8% ante março de 2015. No acumulado do ano, houve avanço de 24% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

Demissões

Com o corte na produção no segmento, as demissões continuaram nas montadoras. Só em março, 1385 vagas de emprego foram eliminadas. Considerando os últimos 12 meses, são 11,1 mil vagas a menos. Com isso, a indústria conta hoje com 128.477 funcionários, recuo de 1,1% em relação ao nível de fevereiro e baixa de 8,8% em comparação com o patamar de março do ano passado.