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"Estamos chegando num momento em que a maioria dos países está concluindo esse trâmite interno", disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo


O Brasil se tornou, nesta terça-feira (29), o 72º país a aderir ao acordo global da Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovado na conferência realizada em Bali, na Indonésia, em dezembro de 2013.

Segundo Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC, o comércio internacional terá incremento de R$ 1 trilhão quando o trato estiver implementado. Para entrar em vigor, é necessária a ratificação por dois terços dos 162 membros da organização (108 países).

Esse volume representa crescimento de pouco menos de 10% nas transações comerciais internacionais, que giram em torno de US$ 13 trilhões. A maior parte do aumento, segundo a OMC, beneficiará os países em desenvolvimento (US$ 730 bilhões).

"Estamos chegando num momento em que a maioria dos países está concluindo esse trâmite interno nos parlamentos, congressos, executivos. Os trâmites são de tempos diferentes. Neste ano, já recebemos oito. Está acelerando um pouco", afirmou o embaixador, depois de se reunir com a presidente Dilma Rousseff. O tratado foi aprovado pela Câmara dos Deputados em fevereiro e pelo Senado em março deste ano.

O objetivo do acordo é diminuir os custos e o tempo que a mercadoria fica na fronteira, "tempo morto" que onera as transações mundiais. Segundo Azevêdo, o custo das trocas comerciais deve cair 14,5% na média mundial. "O exportador brasileiro vai ganhar duas vezes: na redução dos custos e do tempo para o produto sair do Brasil e também, de maneira semelhante, na entrada do país de destino. Os produtores brasileiros que usam insumo importado para fabricar os seus produtos também vão se beneficiar porque o custo da transação vai diminuir", explicou.

Esse é o primeiro acordo da história da OMC, criada em 1995, em substituição ao antigo Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt, da sigla em inglês). O último acordo comercial foi a Rodada Uruguai, concluída em 1994. Azevêdo disse que o tratado tem "DNA de última geração", com estrutura mais flexível para a implementação das exigências aos poucos pelos países e modelo a ser seguido em outros tratados.

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