Expectativa do consumidor, no entanto, ainda é considerada pessimista, sugerindo demanda mais fraca nos próximos meses
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) ficou praticamente estável em fevereiro na comparação com janeiro, com alta de 0,1% no período. Dos seis componentes, apresentaram melhora os que medem as expectativas em relação à inflação e ao desemprego.
Com 98,7 pontos neste mês, o índice situa-se 10% abaixo da média histórica. Para a CNI, a manutenção do pessimismo sugere um período de demanda mais fraca nos próximos meses.
Enquanto houve aumento de 2,5% no indicador de inflação na comparação com janeiro, o índice de desemprego teve alta de 6,6%. Nos parâmetros da CNI para a pesquisa, quanto maior o índice, maior é o percentual de pessoas que esperam queda na inflação e no desemprego.
As expectativas sobre a renda pessoal recuaram 1,8% no período, e, em relação a compras de bens de maior valor, ficaram praticamente estáveis, com redução de 0,1% no indicador. O índice de endividamento teve queda de 4,2% em fevereiro ante janeiro, sinalizando consumidores mais endividados na comparação com os últimos três meses.
O indicador sobre situação financeira se manteve estável no período. Apesar disso, está 11,9% abaixo do registrado em fevereiro de 2015, indicando uma piora na situação financeira, segundo a CNI. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 13 e 17 de fevereiro.