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Juros futuros sofrem recuo
Marcos Santos/USP Imagens
Juros futuros sofrem recuo


Os juros futuros fecharam a sessão desta quarta-feira, 24, em queda, motivada principalmente pelo fluxo de investidores estrangeiros na ponta vendedora. O alívio no câmbio, a melhora do humor externo e a percepção de que a Operação Acarajé, da Polícia Federal, pode levar a presidente Dilma Rousseff a ter de deixar o governo também contribuíram para o recuo das taxas.

Ao término da negociação regular, o DI abril fechou em 14,151%, de 14,160% no ajuste de ontem. O DI julho de 2016 terminou em 14,190%, de 14,195%, e o DI janeiro de 2017 recuou de 14,205% para 14,170%. O DI janeiro de 2018 encerrou em 14,57%, de 14,67%, e o DI janeiro de 2021 ficou em 15,52%, de 15,62%.

Os principais contratos passaram a devolver prêmios na parte da tarde, após uma manhã de estresse. Na primeira etapa, as taxas subiram acompanhando o movimento do dólar e a aversão ao risco no exterior em razão do declínio dos preços do petróleo, além da reação à decisão da Moody's de rebaixar a nota do Brasil em dois degraus , de Baa3 para Ba2, com perspectiva negativa. Com isso, o País perdeu o selo do grau de investimento pela Moody's, que era a última entre as três principais agências de classificação de risco a colocar os títulos da dívida brasileira na categoria de grau especulativo.

Contudo, à tarde, os investidores estrangeiros passaram a atuar com mais força na venda de taxas, a partir da mudança do humor externo - o petróleo começou a subir e, com isso, o dólar inverteu a alta ante o real. E a repercussão negativa da decisão da Moody's se dissipou, com os investidores argumentando que já era uma medida esperada.

Além disso, a expectativa com a evolução do noticiário político e a aposta no enfraquecimento da presidente Dilma também influenciaram o mercado. Os investidores estão de olho no que poderá contar o publicitário João Santana nesta tarde em depoimento à Polícia Federal. A depender do teor das declarações, as investigações podem dar força ao processo de impeachment de Dilma ou até, em última instância, à cassação do mandato da presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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