Os consumidores brasileiros estimam que os próximos 12 meses terão uma inflação acumulada de 11,3%, segundo pesquisa feita neste mês e divulgada nesta terça-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador é 0,3 ponto percentual superior à pesquisa realizada em dezembro do ano passado.
De acordo com a FGV, o aumento é reflexo de um alto Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, que fechou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta de inflação do governo federal, de 6,5%.
A FGV espera, no entanto, que haja uma reversão da expectativa dos consumidores no segundo semestre deste ano, quando os efeitos da crise sobre os preços serão intensificados.
Expectativa de instituições financeiras também é de alta
Na segunda-feira (25), o Banco Central (BC) divulgou que as instituições financeiras também esperam por mais inflação neste ano e em 2017. A estimativa do setor para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano foi ajustada pela quarta vez seguida, ao passar de 7% para 7,23%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta. A projeção para 2017 passou de 5,40% para 5,65%, no segundo ajuste consecutivo.
As previsões estão no boletim Focus, feito pelo BC, e que coleta a opinião de bancos e financeiras semanalmente.
A meta de inflação tem como centro 4,5% e o limite superior é 6,5%, em 2016, e 6%, no próximo ano. As estimativas são do boletim Focus, uma publicação semanal elaborada pelo Banco Central (BC), com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.