Apesar de o governo do Rio de Janeiro ter anunciado o pagamento dos servidores ao longo do dia, diversas categorias estão reunidas para discutir como honrar as próprias contas e ter os salários regularizados. As propostas variam entre ações na Justiça e uma greve geral em fevereiro. Uma assembleia reunirá professores, médicos, bombeiros e policiais no sindicato dos profissionais em educação do Rio.
Desde que o governo do Rio reconheceu que uma crise abalou as contas, os servidores sofreram uma série de mudanças no pagamento, que passou a ser depositado até o 10º dia útil e não mais nos primeiros dias, além do parcelamento do 13º salário, em até cinco vezes. Antes, o depósito era feito em duas vezes. Sem dinheiro, a crise afetou também o pagamento de empresas terceirizadas e muitos profissionais estão sem receber salários integrais desde novembro de 2015.
Os funcionários terceirizados, que também ficaram sem receber, por causa do atraso no repasse às empresas prestadoras de serviço, reclamam da falta de insumos para o trabalho, como acontece no setor de limpeza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
“Está péssimo, não tem rodo, não tem vassoura, não tem cloro e os salários estão atrasados”, disse Ione Ribeiro, funcionária do Hospital Universitário Pedro Ernesto. “Está tudo precário, não temos condições mais”, desabafou ela, que ganha menos de R$ 1 mil.
Em entrevista à Rádio Nacional nessa segunda-feira (11), o governador Luiz Fernando Pezão atribuiu a perda de receita à queda do preço do barril do petróleo, do qual dependente a economia do estado.