Lucro da B3 cai 7,2% e fica em R$1,2 bilhão no 1T22
Ivonete Dainese
Lucro da B3 cai 7,2% e fica em R$1,2 bilhão no 1T22

A B3 (B3SA3) viu o cenário de aversão ao risco no mercado internacional e alta da taxa de juros no Brasil ganhando força, com isso o volume financeiro médio diário negociado (ADTV) no segmento de ações na B3 atingiu R$ 31,2 bilhões no primeiro trimestre, queda de 15,3% em relação ao mesmo período de 2021.

No segmento de derivativos listados, o volume médio diário negociado (ADV) totalizou 4,4 milhões de contratos, queda de 16,4% em relação aos três primeiros meses do ano anterior. É importante ressaltar que o primeiro trimestre de 2021 apresentou recordes históricos de volumes no segmento listado, com a expansão da segunda onda da Covid-19. Na comparação com o quatro trimestre de 2021, o ADTV de ações à vista foi 1,1% menor, e o ADV de derivativos cresceu 4,5%.

Desempenho Financeiro

Já o lucro líquido recorrente atingiu R$ 1,2 bilhão, uma queda de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado e um crescimento de 0,9% em relação ao 4T21.

As receitas somaram R$ 2,5 bilhões, queda de 4,6% na comparação com o 1T22, principalmente devido aos menores volumes e margens do segmento listado, que no mesmo período do ano passado ainda não contemplava totalmente as mudanças na política de preços implementadas em fevereiro de 2021. Na comparação com o 4T21, a receita apresentou crescimento de 4,7%.

Com uma ausência de IPOs, ocasionada pelo adiamento de ofertas iniciais pelas empresas, os follow-ons mostraram-se opções de captação para companhias já listadas. O trimestre foi marcado por 11 ofertas desse tipo, que totalizaram R$ 11,5 bilhões no período.

Receita do segmento Listados

O segmento de listados obteve receita de R$ 1,6 bilhão (67,7% do total) e registrou queda de 10,4%, refletindo o menor giro de mercado (turnover) do período, que recuou em relação aos elevados patamares registrados no mesmo período do ano anterior, influenciado por maior volatilidade relacionada à segunda onda da Covid-19 e ao cenário político no Brasil. No caso dos futuros de índices, houve queda de 1,1% no número de contratos negociados..

Receita do segmento Balcão

O segmento de balcão registrou crescimento de 11,6% e receita de R$ 300,7 milhões (11,8% do total). Com taxas de juros maiores, os volumes dos produtos de renda fixa impactaram o crescimento do segmento no período. Os instrumentos de renda fixa totalizaram R$ 185,2 milhões (7,3% do total), registrando um aumento de 15,4%, principalmente devido ao crescimento de 22% no registro de instrumentos de captação bancária e de 8% no estoque destes instrumentos, além de maior estoque médio de dívida corporativa, que cresceu 22% no período. Já os derivativos e operações estruturadas somaram R$ 69,1 milhões (2,7% do total), uma alta de 3,0%, em razão de maior volumetria registrada em derivativos de balcão.

Receita do segmento Infraestrutura para Financiamento

O segmento de Infraestrutura para Financiamento obteve receita de R$ 109,9 milhões (4,3% do total), o que representou queda de 10%. O número de veículos vendidos diminuiu 20,2% no Brasil, devido ao cenário macroeconômico menos favorável para financiamentos, e os resultados foram parcialmente compensados pela correção anual dos preços pela inflação (IPCA). O número de inclusões no Sistema Nacional de Gravames (SNG) diminuiu 9,2%.

Receita do segmento tecnologia, dados e serviços

O segmento de tecnologia, dados e serviços da B3 registrou alta de 33% e receita de R$ 435,7 milhões (17,1% do total) no trimestre. A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas do segmento Balcão aumentou 16,3%, resultado, principalmente, do crescimento da indústria de fundos no Brasil. Outro dado relevante é que a quantidade de TEDs processadas diminuiu 29,3%, devido à expansão da utilização do PIX no período.

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