Lucro do BNDES foi de R$12,9 bi no trimestre
Ivonete Dainese
Lucro do BNDES foi de R$12,9 bi no trimestre

O principal banco de fomento do País, o BNDES, viu mais uma vez os números financeiros avançando para recordes. No primeiro trimestre de 2022, o lucro líquido do BNDES foi de R$12,9 bilhões. O número foi 32% maior que o do mesmo período do ano passado.

De acordo com o comunicado, o desempenho foi influenciado pela reclassificação de JBS (R$ 5,8 bilhões), receita com dividendos da Petrobras (R$ 3,0 bilhões), resultado líquido das alienações de ações (R$ 1,3 bilhão) e saldo positivo de equivalência patrimonial de R$ 0,8 bilhão.

O BNDES também estruturou negócios, como os leilões de CODESA, Parque Nacional de Iguaçu e as PPPs de Iluminação Pública de Caruaru e Jaboatão dos Guararapes.

Já os desembolsos cresceram 31% no comparado de 12 meses. Foram R$ 14,8 bilhões, incluindo debêntures, outros ativos de crédito, operações de renda variável e não reembolsáveis.

MPMES e os créditos

As operações com Micro, Pequenas e Médias Empresas – MPMEs representaram 38,1% desse valor (R$ 5,6 bilhões), em linha com a política estratégica do banco. Ao todo, R$ 103 bilhões da carteira de crédito do BNDES estão destinados a essa parcela do mercado, o que equivale a 22,7% do total.

A intermediação financeira atingiu R$ 4,9 bilhões, aumento de 12% em comparação ao mesmo período de 2021, impactado pela elevação na taxa SELIC, que remunera a carteira de tesouraria.

“O resultado recorrente de R$ 5,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022 apresentou aumento de 128% quando comparado ao mesmo período de 2021 (R$ 2,4 bilhões), refletindo a maior receita com dividendos/JCP e o acréscimo no produto da intermediação financeira. O resultado recorrente exclui operações de desinvestimento da carteira de renda variável e provisões para risco de crédito, dentre outros”, destacou o banco.

Ativos do BNDES

O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 749,7 bilhões em 31 de março de 2022, 1,7% a mais que em 31 de dezembro de 2021 (R$ 737,2 bilhões), decorrente, principalmente, do efeito da reclassificação do investimento em JBS e consequente reconhecimento da diferença entre o valor de mercado e o valor contábil das ações (R$ 6,7 bilhões). Soma-se a este efeito a valorização da carteira de participações societárias em não coligadas de cerca de R$ 7,2 bilhões no trimestre.

Carteiras de Crédito

A carteira de crédito e repasses, líquida de provisão, totalizou R$ 433,7 bilhões, representando 57,9% dos ativos totais no fim do primeiro trimestre e se manteve no mesmo patamar de dez/21 (decréscimo de 1,3%).

A carteira de crédito expandida totalizou R$ 442,9 bilhões em 31 de março de 2022, apresentando leve redução de 1,6% em relação ao fechamento do trimestre anterior.

Os desembolsos totais (que incluem debêntures, outros ativos de crédito, operações de renda variável e não reembolsáveis) chegaram a R$ 14,8 bilhões.

A carteira de participações societárias totalizou R$ 79,2 bilhões em 31 de março de 2022. A posição representa um acréscimo de 19% em relação a 31 de dezembro de 2021, em função dos efeitos da reclassificação do investimento em JBS e da valorização da carteira de não coligadas.

Inadimplência

A inadimplência (+ 90 dias), se manteve baixa, 0,21% em 31 de março de 2022, inferior ao nível do Sistema Financeiro Nacional (0,37% no segmento grandes empresas – dados de fevereiro/22).

O índice de renegociação atingiu 13,91% em 31 de março de 2022, em função das renegociações no âmbito dos programas emergenciais Standstill – COVID-19 e Setor Elétrico.

O Índice de Basileia oscilou de 40,2% ao final de dezembro de 2021 para 39,5% em março de 2022, acima dos 10% exigidos pelo Banco Central.

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