Petróleo, minério de ferro e China disparam (e levam Brasil junto)
Felipe Moreno
Petróleo, minério de ferro e China disparam (e levam Brasil junto)

Boa sorte neste mercado maluco e volátil: dois dias atrás, na terça-feira (15), os preços do petróleo, minério de ferro e as bolsas chinesas – nosso principal parceiro comercial – desabaram, e com isso, levaram a bolsa brasileira junta com eles. Fizemos uma matéria explicando o movimento , e, dois dias depois, o cenário é basicamente o inverso, mostrando a forte volatilidade que tomou conta dos mercados nos últimos dias.

A bolsa brasileira vai apresentando alta na manhã desta quinta-feira (17) justamente pela disparada dos ativos que despencarem dois dias atrás. O barril de petróleo do tipo Brent sobe 7,54%, para US$ 105,41, enquanto o minério de ferro na China subiu 3,66%, para US$ 141,5 por tonelada. O aço sobe 2,11% para US$ 4.936 a tonelada e até a soja tem alta de 1,38%, para US$ 1.672,5 a saca. Em um dia de fortes altas de commodities, a gasolina tem alta de 5,96%, para US$ 3,16, aumentando novamente a disparidade de preços entre Brasil e o mercado internacional.

Dois dias atrás, o petróleo caía motivado pela possibilidade de paz entre Rússia e Ucrânia – estava mais próximo, após as negociações mostrarem um caminho possível – a neutralização da Ucrânia, como Áustria e Suécia. Hoje, tanto o governo russo quanto o ucraniano já demonstraram pouco interesse na atual formatação das discussões.

Mas o fator de mais “otimismo” para o mercado de commodities é a China: depois que o atual surto de Covid-19 por lá obrigou o governo a tomar uma medida “drástica” (o fechamento completo de uma cidade muito relevante, conhecida como o “Vale do Silício chinês” ), o governo destacou que vai lançar estímulos econômicos para não deixar que a economia se desacelere – o que era o grande temor.

Maior consumidora de commodities do mundo, essa notícia naturalmente animou os mercados. As bolsas por lá tiveram fortes altas: o Hang Seng, de Hong Kong, teve ganhos de 7,04%, enquanto o índice de Shanghai subiu 1,40%. Hong Kong faz divisa com a região de Shenzhen, a cidade afetada pelo surto, e os temores eram mais fortes de medidas drásticas por lá também – que é um território autônomo, mas cada vez mais controlado pelas autoridades de Beijing.

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