Bitcoin ou Ethereum: qual vale mais a pena comprar?
Redação 1Bilhão
Bitcoin ou Ethereum: qual vale mais a pena comprar?

Bitcoin e Ethereum são as duas principais criptomoedas do mundo, mas são bastante diferentes! Enquanto o Bitcoin é comparado como se fosse um “ouro” – por servir como reserva de valor -, o Ethereum, é compreendido com uma espécie de “prata”, que é um item versátil com possibilidade de utilização de várias formas possíveis.

Ou seja, as redes Bitcoin e Ethereum são bastante diferentes em relação aos seus objetivos gerais. Enquanto o bitcoin foi criado com o objetivo de ser uma alternativa às moedas tradicionais como meio de troca e reserva de valor, o Ethereum nasceu como uma plataforma para facilitar contratos “inteligentes” e aplicações imutáveis e programáticas dentro da Blockchain.

Além disso, o Bitcoin também é comparado ao ouro digital por ser, além da primeira criptomoeda, a que tem maior valor de mercado – todas juntas superam a quantia de US$ 1 trilhão. Além disso, a oferta de Bitcoin é limitada, visto que o número máximo de moedas que podem ser mineradas é de 21 milhões. Já o Ethereum é o segundo com maior valor de mercado.

Bitcoin: credibilidade em primeiro lugar

Bitcoin com um fundo verde
Ilustração do Bitcoin

O Bitcoin tem chamado a atenção nos últimos meses por conta da sua crescente utilização como moeda, o objetivo primário de sua criação, inclusive tendo sido adotada como moeda oficial de El Salvador, tendo sido aceita por grandes empresas, como Tesla, para pagamento de produtos e anunciada como meio de pagamento possível para contas no Rio de Janeiro. Isso é importante. Como toda moeda e reserva de valor, o Bitcoin depende da crença das pessoas para ter algum valor e utilidade.

Essa crença tem sido reforçada ao longo do tempo por várias instituições diferentes, o Bitcoin foi a primeira criptomoeda que passou a ter derivativos na CME (a bolsa de Chicago), tem vários instrumentos financeiros aprovados pela SEC e CVM (há vários ETFs legais que investem na moeda).

Também chama a atenção a resiliência da moeda, a despeito das inúmeras tentativas de criminalização. Só a China tentou “banir” o Bitcoin seis vezes, sem sucesso. A Rússia, terceiro país em mineração do mundo (atrás apenas de Estados Unidos e Cazaquistão), também se moveu para fazer isso no começo do ano, mas por pressões acabou tendo que voltar atrás.

Existem cartões de crédito em Bitcoin, empréstimos lastreados em Bitcoin, programas de cashback e fidelidade em Bitcoin, caixas eletrônicos para Bitcoin. Instituições reguladas e aprovadas lidando com Bitcoin – com processos complexos de compliance, garantindo a segurança de toda a cadeia. Os dias que a moeda era usada somente para atividades ilegais na Deep Web ficaram para trás.

O calcanhar de aquiles continua sendo o gasto energético da moeda, que é de cerca de 0,5% de tudo que é consumido no planeta atualmente, mais do que diversos países e as maiores empresas do mundo. Isso é necessário para manter a rede funcionando e minerar mais moedas – atualmente países com climas frios e energia barata dominam a mineração.

DeFI: o poder do Ethereum

Ethereum
Moedas ilustrativas de Etherium

O Ethereum, por sua vez, é bastante diferente. Esse não é nem o nome da criptomoeda da rede, que é chamada apenas de “Ether”. A intenção da Ethereum não é ser uma moeda, ou uma reserva de valor, apenas. É ser toda uma estrutura capaz de permitir o funcionamento de criptoativos: existem outras moedas que são construídas na rede da Ethereum, NFTs e aplicações de finanças descentralizadas, a chamada DeFI.

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Tem gente que não gosta da comparação com a prata. Para eles, o Ethereum é como se fosse energia elétrica, algo que permite o funcionamento de uma estrutura de rede. A validação da rede Ethereum é muito mais rápida que a do Bitcoin, o que permite que ela seja usada para fazer um sistema de meio de pagamentos robusto, concorrendo com as adquirentes modernas.

Mas aí que entra o problema atual da Ethereum: é muito caro, atualmente, validar qualquer coisa dentro da rede, o chamado Gas Fee. Há uma transição que está sendo feita, e que havia sido prometida para 2019, para a rede ETH 2.0. Ela está sendo feita lentamente, de maneira a garantir segurança, e alguns dos protocolos.

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A ideia é trocar o método de validação de PoW (Proof-of-Work) para PoS (Proof-of-Stake). Isso deve aliviar em 99% o gasto de energia, o que diminuirá significativamente o custo por transação e vai viabilizar o uso da rede Ethereum para pagamentos e diversos outros usos dentro do promissor campo DeFi.

Com a Ethereum, principalmente depois da ETH 2.0, é possível criar sistemas de smart contracts, que facilitam a construção de aplicações que “cortam” intermediários, como bancos, por exemplo. Existem formas de conseguir empréstimo, em que um tomador de recurso é pareado com diversos emprestadores de recursos, que realizam, em conjunto, esse empréstimo.

O empréstimo P2P passa a ser gerenciado pela própria rede, com diversificação, entre dezenas de milhares de pessoas diferentes – reduzindo o risco do credor significativamente. Há uma grande quantidade de usos diferentes que já existem e vão existir (empréstimos é apenas um), e o ecossistema está apenas no início.

Bitcoin ou Ethereum: qual comprar?

A resposta da pergunta do título depende muito das suas intenções com cada um dos dois possíveis investimentos. Comparar Bitcoin e Ethereum é, de fato, comparar duas coisas bastante diferentes, e ambos podem ter espaço na sua carteira de investimentos, desempenhando papéis distintos.

Enquanto o Bitcoin já tem uma presença estabelecida no mercado, Ethereum está apenas no começo da sua caminhada, o que abre mais espaço para crescimento (mas também maior risco). Por isso mesmo, Bitcoin subiu 94% em 2021, enquanto o Ethereum teve alta de mais de 500%.

A forma mais fácil e segura de investir em criptomoedas é através dos ETFs , fundos negociados em bolsa, que estão disponíveis na B3. Existem seis desses: HASH11, QBTC11, BITH11, QETH11, ETHE11, QDFI11. Dentre eles, o primeiro investe em uma carteira de criptomoedas, mas 97% composta por Bitcoin e Ethereum. QBTC11 e BITH11 investem em Bitcoin, enquanto QETH11 e ETHE11 investem em Ethereum.

A “diferente” de todas elas é a QDFI11, que investe em criptoativos do mundo de finanças descentralizadas – atualmente todos os 9 criptoativos investidos por esse fundo foram construídos na plataforma da Ethereum. Para comprar qualquer um desses ETFs é muito simples: basta entrar no seu homebroker, digitar o código e aperta o botão de compra.

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