A audiência do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto
, no plenário do Senado foi marcada para o dia 3 de agosto, segundo o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). A declaração foi dada após reunião com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Além de Farias e Pacheco, estavam na reunião representantes de diversos partidos governistas, como a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), o líder do PSD na Câmara, Antônio Brito (BA), entre outros.
O grupo pressiona Pacheco por uma redução na taxa básica de juros (Selic), que está em 13,75% ao ano, maior nível desde 2016.
O grupo entregou também uma petição para que o Senado investigue a política monetária do BC. Na lista que assinam o documento estão representantes do PT, PV, MDB, PSD, PSol, PSB, PDT, PC do B e Rede.
O pedido é de instauração de procedimento apuratório “acerca da política monetária do Banco Central do Brasil”, diz trecho do comunicado. Os parlamentares querem uma investigação de “possível motivação viciada e vício de finalidade, desconectada dos acontecimentos fáticos precedentes que levaram o Banco Central do Brasil a manter a taxa de juros em 13,75%”.
Desde 2021, quando foi aprovada a lei de autonomia do Banco Central, cabe ao Senado a destituição do presidente da autoridade monetária.
Na petição, os parlamentares pedem “apuração” da “responsabilidade” do atual presidente do Banco Central no que chamam de “demora e ao não cumprimento adequado e tempestivo do controle da inflação, do emprego e desenvolvimento econômico e social”.
Pacheco já havia anunciado que realizaria uma audiência com Campos Neto no Senado, mas faltava decidir o dia.