O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta quarta-feira (14) que haja margem para ampliar o programa de descontos em carros populares , anunciado no dia 5 de junho.
O governo federal reservou R$ 1,5 bilhão para o programa, sendo que R$ 500 milhões são para descontos em automóveis.
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Esse montante será distribuído da seguinte forma:
- R$ 500 milhões para automóveis
- R$ 700 milhões para caminhões
- R$ 300 milhões para vans e ônibus
Quando atingir o R$ 1,5 bilhão, o programa será encerrado.
Os descontos no preço final variam de R$ 2 mil a R$ 8 mil, a depender dos critérios adotados pelo governo. A definição das faixas de desconto levou em conta três critérios: menor preço, eficiência energética e conteúdo nacional. Quanto maior a pontuação nesses critérios, maior o desconto.
Nesta quarta, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) informou que nove montadoras de carros aderiram ao programa.
Segundo o MDIC, 30% do total reservado para carros populares já foram usados, ou seja, R$ 150 milhões de R$ 500 milhões. O montante é distribuído por meio de créditos tributários, em que as companhias podem abater dívidas com a União.
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), entidade que representa cerca de 7.400 concessionárias de veículos, pediu que o programa fosse ampliado.
"Para ampliar o sucesso da Medida Provisória, que tem sido fortalecida por descontos adicionais, ofertados pelas montadoras, seria oportuno que o Governo aumentasse o aporte de recursos para os automóveis e comerciais leves", diz a nota.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também afirmou nesta quarta-feira que não há perspectiva para ampliar a verba do programa.
"Não tem nenhuma decisão a esse respeito", respondeu. A partir da insistência de repórteres sobre a questão, o vice declarou: "cada coisa a seu tempo". "Está indo muito bem", disse ainda o ministro sobre a medida.