A General Motors (GM) propôs nesta quarta-feira (14) que os contratos de 1,2 mil trabalhadores da fábica de São José dos Campos sejam suspensos por até dez meses, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Segundo o sindicato, a GM propôs um layoff com início no dia 3 de julho, alegando queda nas vendas. Todos os trabalhadores do segundo turno da fábrica seriam afetados - eles representam pouco menos de um terço de todos os funcionários da planta, que emprega 3.958 pessoas.
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Procurada pela reportagem, a GM confirmou que está negociando com os trabalhadores. "A GM informa que está negociando com o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos medidas para ajustar a produção à atual demanda do mercado, de forma a garantir a sustentabilidade do negócio. Neste sentido, a empresa propôs a realização de um layoff de cinco meses na fábrica de São José dos Campos, com início programado para o dia 03 de julho, podendo ser prorrogado por mais cinco meses", disse a empresa, em nota enviada por email.
Durante o período de até dez meses, os trabalhadores ficariam em casa e fariam cursos de requalificação, recebendo parte dos salários através de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Os funcionários precisam aprovar o layoff em assembleia para que a medida seja implementada.
O sindicato afirma, porém, que propôs outras alternativas à GM. "O Sindicato intensificará a campanha em defesa dos empregos na GM de São José dos Campos e, uma vez que a empresa fala em queda nas vendas, a entidade reivindica a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, para que todos os empregos sejam garantidos", diz Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato.
Uma nova negociação entre a GM e os representantes dos trabalhadores está prevista para esta sexta-feira (16).