O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , disse nesta quinta-feira (18), em entrevista à CNN Brasil, que a pasta vai realizar uma revisão do "gasto tributário" a fim de recompor o resultado primário com o avanço das despesas previstas para 2024.
“Nós vamos cortar o chamado gasto tributário, que está em cerca de 6% do PIB hoje no Brasil. São 6% de favores que o Estado está fazendo para algumas empresas. Vamos rever benefícios que foram dados, muitas vezes, legitimamente no passado, mas que perderam a funcionalidade. Então, vamos rever um quarto disso, o que dá 1,5% do PIB”, explicou.
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Haddad destacou que a expectativa do governo é que o déficit primário fique na casa de 0,5% do PIB desse ano. Para os anos seguidos, a expectativa é de superávits de 0,5% e 1% em 2025 e 2026, respectivamente.
A principal prioridade do governo, no entanto, segundo Haddad, é a reforma tributária.
O ministro afirmou que o Congresso Nacional “está pronto” para votar o tema e destacou o potencial do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para impactar positivamente a economia.
“Você vai trazer gente para a base tributária sem ter que mexer em alíquota. A grande vantagem do IVA é que ele encadeia os setores de tal maneira que, para um ser creditado no imposto, precisa da nota do outro”, disse.
“Você cria um encadeamento que promove o aumento da base e que permitiu, em alguns países, reduzir a alíquota média. O que vai favorecer a indústria, as exportações e o que vai favorecer a parcela mais pobre da população”, completou.