Depois de meia década em disputa judicial, Lucas Demathe da Silva ganhou na justiça o direito a R$ 1 bilhão da herança de seu pai, Eggon João da Silva, um dos fundadores da empresa fabricante de motores elétricos Weg (WEGE3).
A disputa incluía outros cinco herdeiros do empresário, que acabou falecendo em 2015 por causas naturais. Lucas era o sexto filho do bilionário, porém o que dificultou a herança de Demanthe foi o fato dele ter nascido fora do casamento entre Laura e Eggon.
O acordo, efetuado em segredo durante julho deste ano, era estimado em R$ 800 milhões, porém foi fechado em R$ 1 bilhão - exatamente 25% maior do que o previsto. Já foram pagas duas das cinco parcelas da fatia da herança nos últimos dois meses.
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Todos os seis filhos do empresário têm ações em empresas que possuem ações com a Weg. Em 2020, A empresa teve faturamento de US$ 3,05 bilhões e este ano a lista de bilionários da Forbes incluiu dez nomes relacionados à Eggon.
A Weg é a maior montadora de equipamentos elétricos do Brasil. Hoje, a multinacional fundada em 1961 atua nas áreas de proteção, variação de velocidade, processos industriais, geração e distribuição de energia e tintas industriais.
Eggon também participou da equipe de diversas empresas. Após seu investimento inicial na fundação da fabricante, ele trabalhou para o conselho de empresas como Oxford, Tigre, Marisol. Na década de noventa ele chegou a assumir a posição de diretor-presidente da Perdigão, cargo ocupado entre 1994 a 1995. O empreendedor acabou falecendo aos 86 anos no estado em que nasceu, Santa Catarina.
Em nota, a empresa disse que não irá se pronunciar sobre o processo pois não faz parte da herança deixada aos filhos do empresário e, portanto, segue sem qualquer alteração independentemente do acordo.