A senadora Simone Tebet, candidata pelo MDB à presidência da República, foi sabatinada pela CNN Brasil nesta segunda-feira (29) e defendeu a criação de um programa que pagaria R$ 5 mil para jovens que se formem no ensino médio, a fim de evitar com que jovens se enquadrem na categoria "nem nem" (não estudam e não trabalham).
A "poupança jovem" serviria como um "estímulo" e ficaria fora do teto de gastos, sendo depositada progressivamente e só poderia ser resgatado após a formatura.
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A senadora ressaltou que, tanto esse programa, quanto a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, dependem de reformas estruturantes.
Ela disse ainda que o teto de gastos precisa ser mantido, mas flexibilizado, para dar previsibilidade às contas públicas.
“O teto de gastos é a única âncora fiscal que sobrou no país. O teto fica. A gente excepcionalmente, colocando regras, estabelece, para o ano que vem, que a gente precisa realmente tirar do teto o extra para garantir comida para quem precisa. [É preciso] condicionar à reforma tributária e administrativa a questão dos gastos para compensar e garantir, pelo menos, os R$ 600 para quem está passando fome. […] Isso está precificado pelo mercado”
A candidata também criticou a falta de vontade política do governo Bolsonaro em avançar com a reforma tributária. Tebet também pontuou que “100% do dinheiro” do orçamento secreto não chegou na ponta.
“Meia dúzia manipula metade desse dinheiro. Eu aposto com você que esse dinheiro não chegou lá na ponta, que tem nota fria, falsificada, e 100% desse dinheiro não chegou na ponta e foi para o bolso de alguém. Quando você dá transparência absoluta nesse orçamento secreto, você vai ver quem é que indicou, para onde foi o dinheiro.”