Correios: Após 16 dias, trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro encerram greve iniciada em setembro
Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Correios: Após 16 dias, trabalhadores de São Paulo e Rio de Janeiro encerram greve iniciada em setembro


Após assembleia ocorrida nesta quinta-feira (5), os trabalhadores dos Correios de São Paulo e do Rio de Janeiro optaram pelo encerramento da greve, que foi iniciada em 20 de setembro. Os dois estados aceitaram o Acordo de Convenção Coletiva proposto pelo Tribunal Superior do Trabalho no final da tarde de quarta-feira (4).

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Por meio de nota, a Gerência de Comunicação Institucional dos Correios informaram que mais de mil empregados já retornaram aos seus postos de trabalho, sendo em sua maioria carteiros. “Levantamento na manhã desta quinta-feira (5) aponta que, dos cerca de 108 mil empregados, quase 94 mil estão trabalhando em todo o País”.

Proposta

Para tentar atender as exigências dos trabalhadores, no final da tarde de quarta-feira (4) o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho , o ministro Emmanoel Pereira, apresentou proposta de Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2018. Foi oferecido aos profissionais reajuste de 2,7% (INPC) retroativo ao mês de agostos deste ano, a compensação de 64 horas, ou seja, 8 dias e desconto dos demais dias de ausência, além da manutenção das cláusulas já existentes no ACT 2016/2017. A cláusula 28, que trata do plano de saúde , continua sendo mediada pelo TST.

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Ao todo, 26 estados mais o Distrito Federal registrou funcionários em greve. Até essa sexta-feira (6), outras assembleias devem ocorrer para definir se os demais funcionários estarão de acordo com a proposta. 

Crise

A estatal enfrenta grave crise financeira, sendo que em dois anos a empresa acumula prejuízo na ordem de R$ 4 bilhões. A situação tornou-se tão grave na estatal que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, chegou a afirmar a possibilidade de privatizar a operação. Meirelles enfatizou que não há uma decisão tomada e que qualquer medida de ser analisada com cautela. 

Uma das formas da estatal de tentar controlar as finanças foi lançar, no ano passado, o Programa de Demissão Incentivada (PDI). A intenção era atingir 8 mil servidores, porém apenas 5,5 mil aderiram ao programa. Em março deste ano foi anunciado o fechamento de 250 agências, sendo que essas operações estavam localizadas em municípios com mais de 50 mil habitantes.

A empresa ainda estuda formas de economizar com a folha de pagamento e de como continuar a custear o plano de saúde de seus colaboradores. Hoje os Correios arca com 93% dos custos dos planos de saúde e os funcionários, com 7%.

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