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O relatório apresentado nesta quarta-feira (19) pela Fundo Monetário Internacional (FMI), destaca o papel da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do teto dos gastos públicos e a tentativa do governo brasileiro de realizar a reforma da Previdência como fatores importantes para a retomada do crescimento econômico no país. O fundo avalia que o Brasil deve sair da recessão este ano e avançar em suas reformas.

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O objetivo, segundo o FMI , deve ser reconstruir a credibilidade e a sustentabilidade fiscal do país. O fundo afirma, ainda, que o congelamento dos gastos em termos reais ajudará a reduzir o deficit de maneira relativamente rápida, ainda que a proporção da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país possa continuar crescendo até 2022, quando representará 87,8%. Em 2008, por exemplo, o índice estava em 61,9%. Em 2016, chegou à marca de 78,3%.

FMI afirma que congelamento dos gastos públicos contribuirá para a redução do deficit de maneira rápida
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FMI afirma que congelamento dos gastos públicos contribuirá para a redução do deficit de maneira rápida

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De acordo com o relatório, o Brasil voltará a ter superavit primário a partir de 2020, ou seja, apresentará resultados positivos na diferença entre as receitas e as depesas do governo, excetuando os gastos com o pagamento dos juros. Nesse ano, o valor deverá ser de 0,7%, podendo crescer no ano seguinte, 2021, para 1,1%, e em 2022, para 1,6%.

Os deficits fiscais, isto é, a diferença negativa entre as receitas e as despesas em um determinado prazo, para as economias médias e emergentes aumentaram pelo quarto ano seguido. Segundo o relatório, a média passou de 0,9% do PIB, em 2012, para 4,8%, em 2016, o maior número para as últimas duas décadas. O aumento do resultado negativo foi causado pelo crescimento lento, a baixa nos preços das commodities, as mercadorias em estado bruto ou produtos primários comercializados internacionalmente, como café, algodão, soja e minério de ferro e cobre, por exemplo, e por fatores políticos.

Brail, China e demais exportadores de petróleo foram os responsáveis pela maior parte do crescimento do deficit entre 2012 e 2016. A previsão do fundo para o crescimento do relatório Panorama Econômico Mundial apresentado na terça-feira (18) para 2017 é de 0,2%. Para o ano que vem, a projeção de crescimento ficou em 1,7%.

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O relatório do FMI mostra que, com a recuperação há muito esperada por setores como a indústria e o comércio, a projeção de crescimento para a economia mundial aumentou de 3,1%, em 2016, para 3,5% em 2017. Em 2018, a estimativa fica em 3,6%, maior que a previsão do último relatório apresentado em outubro do ano passado.

* Com informações da Agência Brasil.

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