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Fecomercio-SP evidencia aumento de RS 2 bilhões no faturamento real do varejo paulista  em janeiro
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Fecomercio-SP evidencia aumento de RS 2 bilhões no faturamento real do varejo paulista em janeiro

De acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o varejo paulista registrou faturamento real de R$ 48,4 bilhões em janeiro, alta de 4,2%, ou seja, aproximadamente R$ 2 bilhões a mais se comparado ao mesmo mês do ano passado.

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A Fecomercio-SP apontou o resultado como o melhor para o mês de janeiro desde o início da série histórica, em 2008. Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresentou acréscimo de 0,8%.

Regiões e Atividades

No que se diz respeito às 16 regiões analisadas, somente Osasco, Bauru e Guarulhos apresentaram recuo no faturamento de janeiro se comparado ao mesmo mês de 2016, com -10,3%, -4% e -1,6%, respectivamente. Já Marília deteve o melhor desempenho, com 13,4%, seguida de Araraquara, com 12,8% e Ribeirão Preto, com 11,4%.

Das 9  atividades que compõem a pesquisa, 6 tiveram aumento em seu faturamento real: concessionárias de veículos, com 19,5%, farmácias e perfumarias, com 16%, autopeças e acessórios, com 15,4%, materiais de construção, com 9,1%, lojas de móveis e decoração, com 7% e outras atividades, com 6,9%. Assim, juntas, contribuíram com 5,7 pontos porcentuais para o resultado geral.

Em contrapartida, eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos registrou queda de -9,2%, assim como lojas de vestuário, tecidos e calçados, com -5,2% e supermercados, com -0,8%. Dessa forma, o impacto negativo para o comércio varejista paulistano em janeiro foi de 1,5 ponto percentual.

Segundo a assessoria econômica da Federação, a melhora nas vendas do varejo paulista foi influenciada por fatores como a criação de vagas formais, a queda da inflação e dos juros, elevação na renda agrícola por conta do aumento de exportações de commodities, que acabam por impactar também nos bons resultados dos indicadores de confiança de consumidores e empresários.

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Expectativa anual

Para a entidade, o Estado, diante de sua estrutura produtiva, se beneficia intensamente da boa performance das exportações, o influencia na reação do desempenho do comércio. Atualmente, um processo de recuperação do ciclo recessivo das vendas do comércio varejista, iniciado no primeiro trimestre de 2014, já está em curso.

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Em relação à trajetória recente do comércio varejista juntamente do comportamento dos principais indicadores econômicos e suas perspectivas, estima-se um crescimento de 2,8% nas vendas para este ano, acima da projeção de 2,5%.

Varejo paulistano

As vendas do varejo na capital paulista também apresentaram alta de 5,9% em janeiro, atingindo R$ 15,1 bilhões. Na série histórica, iniciada em 2008, foi o segundo melhor resultado do varejo paulista para um mês de janeiro. Assim, a taxa acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,2%.

Das 9 atividades analisadas, 6 apresentaram acréscimos no faturamento no primeiro mês do ano: autopeças e acessórios, com 25,4%, farmácias e perfumarias, com 20,6%, concessionárias de veículos, com 8,2%, materiais de construção, com 18,2%, outras atividades, com 9,3% e supermercados, com 1,9%. Juntos, esses segmentos contribuíram positivamente com 8 pontos porcentuais para o resultado geral.

Por outro lado, decréscimos foram observados nas atividades de lojas de vestuário, tecidos e calçados, com -13,8%, eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, com -7,7% e lojas de móveis e decoração, com -2,8%. Somados, os resultados representaram pressão negativa de 2,2 pontos porcentuais nas vendas do varejo.

De acordo com a Fecomercio-SP, a recuperação do varejo paulistano em janeiro deu sequência a dois resultados positivos obtidos a partir de novembro de 2016. Com isso, indica uma melhoria nas expectativas dos consumidores. Já em relação às vendas das concessionárias na Capital, a média foi de 43%, evidenciando estimativas mais otimistas para o crescimento do varejo, cujo faturamento pode crescer 3,9% ao longo deste ano.

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