O recente caso da universitária de Bauru hostilizada por colegas de classe por ter mais de 40 anos e os últimos discursos na cerimônia do Oscar, em que diversos atores ganharam a estatueta pela primeira vez, revelam que o etarismo – discriminação ou preconceito contra indivíduos com base em sua idade – está enraizado na sociedade. Tal problema atrapalha o desenvolvimento pessoal e causa danos à saúde mental e física de pessoas em plena capacidade de produzir, criar, estudar e trabalhar.
Segundo aponta Juliana Ramalho, CEO da Talento Sênior – que aproxima e promove relações de trabalho entre profissionais 45+ e empresas de qualquer porte – com o aumento da perspectiva de vida da população, as empresas vão precisar aderir à contratação de profissionais seniores.
Conhecimento compartilhado
Para dar continuidade às suas carreiras, Juliana Ramalho aponta novos paradigmas de contratação, como o modelo Talent As a Service, ou TaaS, que utiliza na Talento Sênior porque traz o conceito de trabalho por projeto. Esse formato tem gerado rotinas mais saudáveis
, melhores ganhos financeiros a esses profissionais. Para as empresas contratantes, ele ainda possibilita o compartilhamento de talentos.
Não há benefícios em ver grandes e experientes profissionais terminarem a suas carreiras por imposição do empregador, apenas porque atingiram os 60 anos. Contudo, a especialista afirma que essa prática ainda existe. É preciso saber se beneficiar de algo tão caro e adquirido com tanto investimento: o conhecimento. “Nosso país não pode se dar ao luxo de dispensar conhecimento na gestão de empresas”, ressalta Juliana Ramalho.
*Por Bianca Silva