Tarifaço: Ibovespa e dólar fecham o dia em alta

Decreto que oficializou tarifas aos produtos brasileiros foi principal fator para oscilações

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Foto: Vladimir Solomianyi/Unsplash
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O Ibovespa fechou, nesta quarta-feira (30), em alta de 0,95% . Enquanto isso, o dólar comercial fechou com uma alta, mas um pouco menor, de 0,38%, após oscilações.

Ibovespa

Ibovespa  fechou em alta de 0,95%, aos 133.989,73 pontos . O índice passou boa parte do dia em queda, mas reagiu positivamente às  isenções incluídas na tarifa imposta pelos EUA.


Valor do dólar

O dólar comercial fechou em R$ 5,59, após um dia de forte volatilidade. A moeda norte-americana chegou a recuar durante a tarde, mas retomou a alta no fim do pregão, encerrando com avanço de 0,38%.

tarifa de 50% oficializada pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros foi o principal fator para as oscilações no valor da moeda.

Tarifas dos EUA sob o Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o imposto total para 50% a partir de 6 de agosto.

A decisão se baseia na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, e vem acompanhada da declaração de uma nova emergência nacional, alegando que o Brasil representa uma ameaça à segurança econômica americana.

A medida provocou reações imediatas no mercado financeiro brasileiro . O Ibovespa, que operava no vermelho durante boa parte do dia, reverteu a tendência de queda após a publicação oficial do decreto. E o dólar esteve durante todo o dia em constante oscilação.

A reviravolta foi impulsionada devido a diversos produtos brasileiros ficarem de fora da lista de itens tarifados.

De acordo com o B3, entre os bens excluídos da sobretaxa estão aeronaves civis e peças utilizadas na aviação, produtos-chave para a Embraer (EMBR3) . Também ficaram de fora itens como suco de laranja, castanhas, metais e derivados de petróleo .

As ações da Embraer dispararam, encerrando o pregão com alta de 10,93%, refletindo a confiança dos investidores diante do impacto atenuado da medida.

Apesar do gesto protecionista de Trump, o mercado encontrou folga nas brechas cedidas pelo próprio decreto.